segunda-feira, 21 de junho de 2010

Néstor Raúl García Canclini

O livro Culturas Híbridas, estratégias para entrar e sair da modernidade (2008), do antropólogo argentino Néstor Canclini, dedica-se a esclarecer o conceito de hibridização nas ciências sociais. Segundo o autor (p. XIX), hibridização trata de "processos socioculturais nos quais estruturas ou práticas discretas, que existiam de forma separada, se combinam para gerar novas estruturas, objetos e práticas". Essas estruturas discretas, por seu turno, também são resultado de processos híbridos, razão pela qual não podem ser consideradas fontes puras. O uso, mediante empréstimo da biologia, da palavra híbrido, apesar do risco em aplicar à sociedade e à cultura termo utilizado para tratar de outros fenômenos, foi proposital, pois, no século XIX, a hibridização era considerada com desconfiança e como ameaça ao desenvolvimento social (p. XXI). Por outro lado, Mendel, em 1870, mostrou que foi o cruzamento e diversificação genética que enriqueceram as espécies. Canclini parte, desse raciocínio botânico para interrogar as representações que tecemos a propósito da cultura.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Rafael Leónidas Trujillo

Rafael Leónidas Trujillo (1891 — 1961), foi mais um dos ditadores latino-americanos, apoiados pelos norte-americanos, na República Dominicana, entre 1939 e 1961. Controlou e dirigiu tiranicamente seu país até ser assassinado em 1961. Acumulou grande fortuna, como a família Somoza, da Nicarágua, e agiu com cruel repressão contra a oposição, além de ter mudado de nome a capital do país para Ciudad Trujillo. Em relação à Revolução Cubana...

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Operação Condor

Aliança político-militar das ditaduras militares da América do Sul, Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai, criada com o objetivo de coordenar a repressão a opositores dessas ditaduras instalados nos seis países do Cone Sul. A operação começou em 1975, na cidade de Santiago do Chile, por iniciativa do coronel Manuel Contreras. Seu resultado foi a violação de direitos fundamentais mediante perseguições, prisões e morte de mais de 30 mil de cidadãos americanos em nome da segurança nacional. A operação de troca de informações tinha por modelo o serviço de inteligência brasileiro, à época dirigido por Figueiredo.

Escola das Américas

Polêmico centro de treinamento para futuros colaboradores, mantido pelos EUA, no Panamá, entre 1946 e 1984. A instituição foi financiada e viabilizada tendo em vista o contexto da Guerra Fria. Atualmente, a escola mudou de endereço e está localizada na Georgia, porém seu seu nome foi mudado para Western Hemisphere Institute for Security Cooperation (WHISC) — Instituto do Hemisfério Ocidental para a Cooperação em Segurança. Sua missão oficial é ministrar cursos sobre assuntos militares à oficiais de outros países, além de doutrinação ideológica. A escola formou mais de 60 mil militares e policiais de 23 países da América Latina, muitos envolvidos em operações ilegais, violação de direitos civis e torturas durante as ditaduras militares latino-americanas. Entre seus alunos, merecem destaque o general Leopoldo Galtieri, ex-ditador e brucutu da Argentina, Manuel Noriega, auto-proclamado general, agente da cia, envolvido com tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro, além de ter governado o Panamá entre 1983 e 1989, Hugo Banzer, da Bolívia entre outros gentlemen.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Viva Zapata, ficha técnica

Sinopse: O filme Viva Zapata (1952) apresenta a vida e a época do lendário revolucionário mexicano Emiliano Zapata são trazidas às telas por Darryl F. Zanuck, em audaciosa produção do roteiro de John Steinbeck. Marlon Brando, ainda na onda do seu grande sucesso Uma Rua Chamada Pecado, apresenta uma impressionante interpretação no papel do líder revolucionário. O filme também conta com Anthony Quinn, que ganhou o Oscar® de Melhor Ator Coadjuvante em 1952 por sua atuação como o irmão de Zapata. Viva Zapata! é um clássico entre os filmes políticos e um ótimo exemplo da genialidade de Marlon Brando como ator de cinema.
Título no Brasil: Viva Zapata!
Título Original: Viva Zapata!
País de Origem: EUA
Gênero: Drama
Classificação etária: 16 anos
Tempo de Duração: 113 minutos
Ano de Lançamento: 1952
Estúdio/Distrib.: Fox Filmes
Direção: Elia Kazan
Elenco:
Marlon Brando ... Emiliano Zapata
Jean Peters ... Josefa Zapata
Anthony Quinn ... Eufemio Zapata
Joseph Wiseman ... Fernando Aguirre
Arnold Moss ... Don Nacio
Alan Reed ... Pancho Villa
Margo ... Soldadera
Harold Gordon ... Francisco Indalecio Madero
Lou Gilbert ... Pablo
Frank Silvera ... Victoriano Huerta
Florenz Ames ... Señor Espejo
Richard Garrick ... Old General
Fay Roope ... President Porfirio Diaz
Mildred Dunnock ... Señora Espejo
Ross Bagdasarian ... Officer
Salvador Baguez ... Soldier
Abner Biberman ... Captain

domingo, 6 de junho de 2010

Danton

Por Fabio dos Santos, acadêmico de História/UCDB
O filme “Danton” retratou o período da Revolução Francesa mediante a apresentação épica de um herói. A França, de acordo com Eric Hobsbawm, era uma das maiores potências econômicas da Europa, mas, na verdade, o país passava por uma grave crise na economia. Milhares de pessoas passavam por dificuldades e o descontentamento era geral. O luxo da corte alimentava o ódio do povo, que tinha como aliado Danton, a situação exigia decisões firmes, por parte do governo.
O filme apresentou dois personagens principais, Robespierre e Danton. Ambos influenciaram consideravelmente todo o processo da Revolução. Robespierre dirigia o Comitê de Salvação Pública, depois de afastar Danton, período esse conhecido como o governo de terror, derrotou vários de seus inimigos com violência, alegando serem os inimigos da França, consolidando assim a Revolução. Embora Danton tivesse participado do início da criação do regime do Terror, achava que a violência tinha ido longe demais. Foi julgado e executado por ordem de Robespierre, líder dos jacobinos, facção revolucionária radical, porém, também foi guilhotinado por ordem dos moderados, que tomaram o poder e controlaram o curso da Revolução.