sábado, 24 de abril de 2010

Michel de Montaigne e os índios

Em 1580, o filósofo cético francês de Bordeaux, publicou uma obra que inaugurou um estilo conhecido como ensaio pessoal. Nesse livro, escreveu sobre a destruição da América e de seus habitantes, os índios, pelos colonizadores espanhóis. No capítulo XXXI, intitulado Os Canibais, escreveu sobre os índios e a falsa impressão de que são selvagens em sues costumes em comparação com os europeus. Comecemos o debate...

terça-feira, 6 de abril de 2010

A Revolução Mexicana

Apontamentos de Tiago Alexandre, acadêmico de HIstória, UCDB.

Referência: VILLA, Marco Antonio. A revolução mexicana. Editora Ática: São Paulo, 1993.

1 – Qual a justificativa de Villa (1993) para o período de 1910 – 1940 ao tratar de Revolução Mexicana?
Segundo o autor, em 1910 Francisco Madero lidera a derrubada armada ditadura de Porfírio Diaz e destaca as realizações de Lázaro Cárdenas em 1940 promovendo varias reformas sócio-econômicas no estado mexicano.

2 – De que modo o problema agrário ganhou relevância na história do México e como foi intensificado durante o porfiriato?
Desde o período colonial o México apresentava problemas nas distribuições de terras
e a independência teve como pano de fundo a questão agrária. Porfírio Diaz em seu governo, numa tentativa de criar um capitalismo nacional com investimentos estrangeiros, o processo de expropriação das terras dos camponeses e indígenas se acelerou.

3 – Explique o que foi o plano Ayala e qual a sua relação com o governo Madero?
O Plano de Ayala foi uma proposta de Emiliano Zapata que constituía uma reação, com a finalidade de derrubar o governo de Francisco Madero, pois esse não atendeu as exigências de reforma agrária propostas pelos guerrilheiros, por causa disso, foi declarado traidor e aliado dos latifundiários, não sendo reconhecido mais como presidente da República. Dentre as reivindicações do plano estavam: a devolução das terras roubadas pelos latifundiários aos camponeses e indígenas, a expropriação de 1/3 das terras dos grandes fazendeiros e a nacionalização dos bens dos contra-revolucionários.

4 – Qual a relação da Constituição de 1917 para as reivindicações da Revolução Mexicana?
A Constituição de 1917 iniciou um processo de enfrentamento, pelo menos aparente, das questões sociais do México, no seu conteúdo havia itens que diziam que a Nação pode impor à propriedade privada as modalidades ditadas pelo interesse público, visando uma redistribuição equitativa da riqueza pública. Reconhece o direito de as comunidades solicitarem terras de acordo com as suas necessidades. Contempla o proletariado com uma jornada máxima de trabalho, descanso semanal, salário mínimo, participação nos lucros, direito de greve, de manifestação, entre outros direitos.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Questões Iluminismo

Por Fabio dos Santos, acadêmico de história UCDB.

Questões referentes ao livro: FORTES, Luiz Roberto Salinas. O iluminismo e os reis filósofos. Editora Brasiliense: São Paulo, 1985. (Coleção tudo é história).

1. Aponte o legado iluminista à modernidade na opinião de Luiz Roberto Salinas Fortes.
R: O legado iluminista foi Os Direitos do Homem e do Cidadão, porém, o fato da existência dos direitos não significava que eles eram cumpridos. Existiu a divisão dos três poderes (executivo, legislativo e judiciário), pautados num racionalismo contrário à igreja católica.

2. Reflita sobre o contexto transicional que deu origem ao iluminismo e a composição entre nobreza e igreja com base nas informações de Luiz Roberto Salinas Fortes (1985, p. 15).
R: O contexto transicional do feudalismo para o capitalismo foi permeado por um impulso de numerosos conflitos, no feudalismo a igreja católica e a nobreza viviam em em uma perfeita simbiose. Com as transformações sócio-econômicas, políticas e culturais do século XV, a figura do senhor feudal foi sendo substituída gradativamente pela figura do burguês e a igreja católica foi perdendo força e influência. O iluminismo apareceu com uma idéia de liberdade para a razão, e severas críticas à tradição religiosa, o que leva a Igreja a passar por crise profunda.

3. Explique como Montesquieu, um nobre, contribui para a consolidação do estado moderno e a sua relação com a burguesia (FORTES, 1985, p. 30 ss).
R: Montesquieu defende que as leis não são fruto do arbítrio do legislador, elas refletem a complexa realidade de um povo e as suas reais necessidades, considerando a totalidade da vida desse povo. Para burguesia, a maior necessidade da época era a segurança de seus negócios, tanto jurídica, como institucional.

4. Defina lei, com base em Montesquieu e esclareça como este conceito expressa uma necessidade da burguesia em relação ao estado moderno.
R: Segundo Montesquieu “As leis são as relações necessárias que derivam da natureza das coisas.” Tudo o que existe é regido pelas leis naturais, por tanto, o homem não pode ser diferente. Os homens instituem deliberadamente regras para poderem viver em sociedade, “as leis positivas”, são ou pelo menos devem ser, expressão das relações necessárias para serem percebidas na vida dos povos, condição para viverem em sociedade. Montesquieu não entra no mérito se as leis são ou não justas, elas são adequadas ou não a um determinado povo, devendo ser “neutras” e regidas pelo governo apropriado, na sua preferência (mentalidade burguesa) a aristocracia moderada (monarquia constitucional), onde o monarca obedeça a leis fixas (a segurança jurídica da burguesia deve ser preservada).

5. Voltaire, pensador iluminista, expressa uma mentalidade de um tempo. Quais seus ideais?
R: Sua paixão está voltada para o livre exercício da razão. Voltaire defendia a idéia de oposição à igreja católica, a tradição religiosa e a autoridade política que serão os dois alvos fundamentais dos seus ataques. Contesta, evidentemente, a autoridade absoluta dos papas e prega a tolerância religiosa e o pragmatismo. Condena assim o fanatismo e o preconceito religioso. Também se botava a favor da proteção à liberdade e à propriedade privada, defensor do despotismo esclarecido, valorizava o padrão erudito, acreditava no desenvolvimento da raça humana até chegar ao nível de “civilização” com a superação das superstições e o triunfo das luzes da razão. Defende o imaginário burguês: sua política lutava por reformas administrativas e civis.

6. Qual a relação da enciclopédia com o iluminismo? (FORTES, 1985, p. 46 ss).
R: O grande projeto do iluminismo é a enciclopédia, que pode ser considerado projeto burguês iluminista, que objetivava reunir para conservar o controle da burguesia, um projeto comercial, os burgueses queriam ordenar o conhecimento, queriam estabelecer quem poderia saber, controlar o saber.


7. Luiz Roberto Salinas Fortes (1985, p. 63) acrescenta no rol dos iluministas o economista escocês Adam Smith. Esse autor é iluminista?
R: O legado de Adam Smith é a criação de uma nova ciência, e tudo que é novo está sujeito a críticas, Kal Marx critica a economia política de Adam Smith o que resulta numa grande revolução teórica, Smith que defende a idéia de que o estado deve estar a serviço da economia política. O papel do governo dentro da teoria de Adam Smith se resumiria em 4 objetivos: o primeiro promover a justiça e o direito a propriedade; O segundo promover os serviços de utilidade pública como limpeza, segurança pública e barateza das provisões, tendo para este último maior relevância. O terceiro objetivo de manter a fartura e abundancia de mercadorias no país garantiria a barateza das mercadorias de todos os gêneros, dado que Smith considera que o preço destas mercadorias são determinados pela sua abundância que é sinônimo de barateza. O governo deveria garantir a abundância para assegurar a barateza das mercadorias. Com relação a questão da produtividade do trabalho, ao contrário dos fisiocratas que atribuíam a terra, Smith ofereceu explicação da produtividade crescente da sociedade estaria ligada a divisão do trabalho.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Atividade de Lidiane Cabral Edvirges

Questões referentes ao livro: FORTES, Luiz Roberto Salinas. O iluminismo e os reis filósofos. Editora Brasiliense: São Paulo, 1985. (Coleção tudo é história).

1. Aponte o legado iluminista à modernidade na opinião de Luiz Roberto Salinas Fortes.
R: que o legado do iluminismo foi a declaração universal dos direitos do homem e do cidadão, ainda cita que antes disso era como se o homem não existisse, burguesia, individualismo, imaginário. Os direitos humanos defendidos pelo iluminismo surgem de um conceito de Estado laico, independente da religião ou classe social.
A sua herança foram Os Direitos do Homem e do Cidadão contemplando os direitos individuais (mentalidade individualista), a assembléia constituinte, o fato de que existência dos direitos não significa que eles sejam cumpridos, divisão dos três poderes (executivo, legislativo e judiciário), um racionalismo contrário à igreja católica.

2. Reflita sobre o contexto transicional que deu origem ao iluminismo e a composição entre nobreza e igreja com base nas informações de Luiz Roberto Salinas Fortes (1985, p. 15).
O contexto é a transição do feudalismo para o capitalismo, no feudalismo a igreja católica e a nobreza viviam em simbiose, como diz o autor. Com as transformações sócio-econômicas, políticas e culturais do século XV, a figura do senhor feudal foi sendo substituída gradativamente pela figura do burguês e a igreja foi perdendo força e influência.

3. Explique como Montesquieu, um nobre, contribui para a consolidação do estado moderno e a sua relação com a burguesia (FORTES, 1985, p. 30 ss).
Montesquieu defende que as leis não são fruto da vontade única do legislador, elas refletem a necessidade e a realidade de um povo. No contexto específico representava a necessidade da burguesia na época, buscando um ambientes melhor para os seus negócios: a segurança jurídica e institucional fundamentada na idéia desse pensador.

4. Defina lei, com base em Montesquieu e esclareça como este conceito expressa uma necessidade da burguesia em relação ao estado moderno.
“As leis são as relações necessárias que derivam da natureza das coisas.” Tudo o que existe é regido pelas leis naturais, por tanto, o homem não pode ser diferente. Os homens instituem regras para poderem viver em sociedade, “as leis positivas”, expressando as relações necessárias para serem percebidas na vida dos povos e esses viverem em grupo. Montesquieu não se pergunta se as leis são ou não são justas, elas são adequadas ou não a um determinado povo, devendo ser “neutras” e regidas pelo governo apropriado, na sua preferência a aristocracia moderada (monarquia constitucional), onde o monarca obedeça a leis fixas (a segurança jurídica da burguesia deve ser preservada).


5. Voltaire, pensador iluminista, expressa uma mentalidade de um tempo. Quais seus ideais?
Voltaire expressava em seu pensamento a oposição à igreja católica, o anticlericalismo, o racionalismo, o experimentalismo (crença no saber científico), a influência dos autores gregos clássicos, oposição à intolerância religiosa e o pragmatismo. Também se botava a favor da proteção à liberdade e à propriedade privada, defensor do despotismo esclarecido, valorizava o padrão erudito, acreditava no desenvolvimento da raça humana até chegar ao nível de “civilização” com a superação das superstições e o triunfo das luzes da razão.

6. Qual a relação da enciclopédia com o iluminismo? (FORTES, 1985, p. 46 ss).
A obra fundamental do iluminismo francês e europeu, em geral, é a Enciclopédia: Enciclopédie ou dictionaire des sciences, des arts et des métiers. Foi publicada entre 1751 e 1780, em 34 volumes. Foi dirigida por João D'Alembert (1717-1783), autor do famoso Discours préliminaire, e por Denis Diderot(1713-1784) autor também de alguns escritos filosóficos - Pensées sur l'interprétation de la nature (1754), etc. Entretanto colaboraram na enciclopédia os iluministas mais famosos, chamados por isso enciclopedistas. Entre eles Voltaire e Rosseau. O movimento dos enciclopedistas foi um poderoso meio para a difusão e vulgarização das idéias iluministas, na França e no estrangeiro.

7. Luiz Roberto Salinas Fortes (1985, p. 63) acrescenta no rol dos iluministas o economista escocês Adam Smith. Esse autor é iluminista?
O autor considera o economista escocês Adam Smith como iluminista por este ter sido o responsável pelo balbuciar de uma nova ciência, a Economia Política, destinada a causar uma grande revolução teórica quando submetida à crítica de Karl Marx. É um libera iluminista.

Atividade de José Bonifácio Alves da Silva

Perguntas baseadas no texto: VILLA, Marco Antonio. A revolução mexicana. Editora Ática: São Paulo, 1993. (Série Princípios).

1 – Qual a justificativa de Villa (1993) para o período de 1910 – 1940 ao tratar de Revolução Mexicana?
A justificativa dada pelo autor, fundamentada numa analise política do período, é que em 1910 houve o chamamento de Francisco Madero à derrubada armada da ditadura de Porfírio Díaz. Destaca também 1940 quando Lázaro Cárdenas conclui o mandato com a realização de várias reformas mudando o perfil sócio-econômico do estado mexicano.

2 – De que modo o problema agrário ganhou relevância na história do México e como foi intensificado durante o porfiriato?
O problema agrário esteve presente no México desde a época colonial, a própria independência teve como pano de fundo a questão agrária. Durante a ditadura de Porfírio Díaz, numa tentativa de criar um capitalismo nacional com investimentos estrangeiros, o processo de expropriação das terras dos camponeses e indígenas se acelerou.

3 – Explique o que foi o plano Ayala e qual a sua relação com o governo Madero?
O Plano de Ayala foi uma proposta de Emiliano Zapata que constituía uma reação, com a finalidade de derrubar o governo de Francisco Madero, pois esse não atendeu as exigências de reforma agrária propostas pelos guerrilheiros, por causa disso, foi declarado traidor e aliado dos latifundiários, não sendo reconhecido mais como presidente da República. Dentre as reivindicações do plano estavam: a devolução das terras roubadas pelos latifundiários aos camponeses e indígenas, a expropriação de 1/3 das terras dos grandes fazendeiros e a nacionalização dos bens dos contra-revolucionários.

4 – Qual a relação da Constituição de 1917 para as reivindicações da Revolução Mexicana?
A Constituição de 1917 iniciou um processo de enfrentamento, pelo menos aparente, das questões sociais do México, no seu conteúdo havia itens que diziam que a Nação pode impor à propriedade privada as modalidades ditadas pelo interesse público, visando uma redistribuição equitativa da riqueza pública. Reconhece o direito de as comunidades solicitarem terras de acordo com as suas necessidades. Contempla o proletariado com uma jornada máxima de trabalho, descanso semanal, salário mínimo, participação nos lucros, direito de greve, de manifestação, entre outros direitos.

Atividade Hélio Maciel dos Santos Júnior

Questões baseadas no texto: VILLA, Marco Antonio. A revolução mexicana. Editora Ática: São Paulo, 1993.
1. Qual a justificativa de Villa (1993) para o período de 1910 – 1940 ao tratar de Revolução Mexicana?
R. A justificativa do autor se fundamenta na análise política do período que vai desde 1910, quando houve o chamamento de Francisco Madero à derrubada armada da ditadura de Porfírio Diaz, até 1940 quando Lázaro Cárdenas conclui o mandato com a realização de várias reformas mudando o perfil sócio-econômico do estado mexicano e construiu as principais características desse estado.
2. De que modo o problema agrário ganhou relevância na história do México e como foi intensificado durante o porfiriato?
R. O problema agrário no México remonta desde a época colonial, a própria independência teve como pano de fundo a questão agrária. Durante a ditadura de Porfírio Díaz, a tentativa de criar um capitalismo nacional com investimentos estrangeiros, culminou na aceleração do processo de expropriação das terras dos camponeses e indígenas.
3. Explique o que foi o plano Ayala e qual a sua relação com o governo Madero?
R. foi uma proposta de Emiliano Zapata que constituía em derrubar o governo de Francisco Madero, que foi declarado traidor e aliado dos latifundiários, não sendo reconhecido mais como presidente da República.
4. Qual a relação da Constituição de 1917 para as reivindicações da Revolução Mexicana?
R. No seu conteúdo havia itens que diziam que a Nação pode impor à propriedade privada as modalidades ditadas pelo interesse público, visando uma redistribuição equitativa da riqueza pública. Reconhece o direito de as comunidades solicitarem terras de acordo com as suas necessidades. Contempla o proletariado com uma jornada máxima de trabalho, descanso semanal, salário mínimo, participação nos lucros, direito de greve, de manifestação, entre outros direitos.