domingo, 12 de maio de 2019

O SOL, A LUA E O INHAMBÚ


A múltipla variedade dos mitos indígenas indica a força de literatura e da memória indígena como fundamento social. O Mito dos Gêmeos e suas variantes manifestam a racionalidade metafísica velada que movimenta toda a existência.

Foi o ancião Cirilo Rossate (83), kaiowá de Amambai (MS), quem narrou na década de 70 a chegada dos gêmeos à tardezinha na casa das onças após a caçada no bosque dos pássaros que falavam, Guyra Nhe’ Katu.
Por que vocês não trouxeram mais passarinhos? Disseram. Não conseguimos matar mais passarinhos porque estava ventando muito. Por isso, quando venta muito não é bom para caçar. Vovó, ventava muito e por isso não trouxemos mais passarinhos. Trouxemos apenas guavira. – Onde vocês achavam guavira? Há um campo cheio delas perto daqui. Lá tem muitas guavira e o Jasy colocou as frutas no meio das onças.
Os antepassados das onças se juntaram todos ali para chupar guavira. Estão maduras mesmo? Sim, disse a lua. Estão amadurecendo naquele campo perto do potrero guasu. Então iremos amanhã bem cedo para chupar guavira, falaram as onças. Os gêmeos combinaram também de fazer um mondéu perto dali, onde era o caminho para pegar água.
Recolheram uns sabugos para fazer o mundéu. Foi o primeiro mundéu do Sol e da Lua. Foi feito com sabugo e pindó. Pa’i Kuará disse para a lua: - Tyvýra, vai ali fazer o mundéu. E Jasy foi lá fazer seu mundéu também.
Os gêmeos fizeram dois bonitos mundéus com os sabugos. No dia seguinte disseram para aqueles que comeram a sua mãe: - vamos chupar guavira? O plano deles eram destruir todos com água. O kaiowá Cirilo contou que todas as onças foram chupar guavira, apenas o casal de velhos, Ijari ha tamoi, ficou na aldeia das onças. Os gêmeos pediram para os velhos conferirem se o mundéu estava funcionando. Disseram que os velhos tinham de entrar embaixo e mexer no sabugo. As onças que foram pegas nestes mundéus viraram pacas, akutipáy.
Nesta caminhada até o campo das guaviras, os gêmeos não levaram seus arcos, apenas as flechas, hu’y. Atrás dos gêmeos, aqueles que mataram e devoraram a sua mãe formaram uma fila comprida até chegarem perto do potrero guasu. Quando as onças chegaram perto do riozinho, foram saltá-lo para chegar ao campo das guaviras, cada vez que iam saltar sobre ele, o rio ficava mais largo. O riozinho se transformou num rio muito largo e as onças precisaram esperar.
O Sol entrou onde morava o pássaro Inambu do mato e cantou. O Sol ficou preocupado e pensou que talvez fosse o seu fim. Então o Sol entoou sua reza nhembo’ê: - nenhum mal me acontecerá!
Quando chegou onde estava o Nambu, viu que ele esquentava as costas com um tição de fogo. Vou pousar na sua casa, mas não sopre meu fogo, disse o pássaro. Pode pousar, disse o Sol. O Nambu pousou onde estavam Pa’i Kuará e Jasy. O irmão menor, Pa’i Kuara ityvyra, estava com frio, pois o coitado não tinha roupa. Quando era meia noite, a Lua disse ao seu irmão: - Ke’y faça fogo para mim, pois estou com frio. O Nambu estava dormindo e Pa’i Kuará empurrou o fogo de suas costas e assoprou. Depois fez o Nambu voar embora e disse: - seja nambu, em todas as matas viverá, kwi, kwi, kwi. E assim voou o Nambu cantand. Desde então é chamado de Inhambu beira-fogo, carregando cinza nas costas.

REFERÊNCIAS E FONTES:
AQUINO, João. Mito dos Gêmeos. Tradução de João Aniceto. Compilado por Wilson Galhego Garcia. Araçatuba: Faculdade de Odontologia, 1975.
Garcia, Wilson Galhego; Ribeiro, Aniceto. Cinco versões dos mitos dos gêmeos entre os Kaiová, Terra Indígena, n. 82: 11-201. out 2000.

NOTAS:
1. Pesquisa e organização: Neimar Machado de Sousa, doutor em história da educação pela UFSCar e pesquisador na FAIND/UFGD. Karai Nhanderovaigua. E-mail: neimar.machado.sousa@gmail.com
2. O artigo tem finalidade educacional e formato adaptado às mídias sociais.
3. A grafia adotada para as palavras indígenas segue a forma das fontes consultadas.
4. Metadados: sol, pa’i kuará, lua, jasy, akutipáy, paca, mundéu, monde, inhambu, nambu. ImageM: RODRIGUES, José Carlos de Almeida. Inhambuguagu. São Roque: wikipedia, 2008.


quarta-feira, 8 de maio de 2019

O ROUBO DAS FLECHAS


Os mitos são uma racionalidade de caráter esotérico que descreve a cosmogênese dos deuses, do mundo e dos homens. Os povos indígenas produziram e continuam atualizando as narrativas sobre os gêmeos.
As versões do Mito dos Gêmeos são variadas, antigas e conectadas com muitas outras histórias correlatas. Curt Unkel Nimuendaju, recolheu algumas as versões deste mito e do dilúvio entre os índios apapokuva-guarani que habitavam o sul do Mato Grosso brasileiro. A história dos gêmeos também foi anotada por André Thevet em meados do século XVI entre os tupinambá do litoral brasileiro. Há versões dos guarani do Paraguai, recolhidos por León Cadogan, versões kaiowá de Mato Grosso do Sul, compiladas em 1975 por Wilson Galhego e Aniceto Ribeiro e publicadas no periódico Terra Indígena (2000) da UNESP. Piérre Clastres registrou o mito em trabalhos de campo entre os guarani Mbya no ano de 1965.
No século XVIII, o povo Kamakã habitava pequenas aldeias, no curso médio do rio Pardo e entre este e o rio das Contas. Em 1938, restava de toda tribo uma única índia que conhecia a língua e de algumas tradições: Jacinta Grayirá. Foi esta anciã que legou um relato do roubo das flechas a Nimuendajú no Posto Paraguaçu do Serviço de Proteção aos lndios, no sul da Bahia.
Contam que o sol e lua não tinham mais flechas. Então Sol foi à lagoa de uma aldeia. Colocou três camadas de casca de árvores sobre suas costas, um sobre a outra, e transformou-se num carpincho, capivara. Ficou esperando que viesse alguém buscar água. Logo chegou uma mulher que gritou: - uma capivara! Venham caçá-la. Os caçadores chegaram correndo e encheram o animal de flechadas, cobrindo-lhe todo o corpo.
O sol mergulhou, nadou e levou consigo todas as flechas. Longe da aldeia, voltou à forma humana, puxou as flechas da casca de pau e juntou dois feixes grossos. Um para ele mesmo e outro para o irmão mais novo, a Lua. Deu o feixe do irmão e aconselhou: - aqui está seu presente! Fique satisfeito com ele.
O irmão era muito teimoso e quis juntar mais flechas. Foi à lagoa da mesma aldeia e mesmo com os conselhos do irmão mais velho para colocar pelo menos três camadas de casca sobre as costas, achou que apenas seria suficiente. Depois transformou-se em capivara e ficou sentado esperando os caçadores. Assim que chegaram os homens com seus arcos, atiraram as flechas que romperam a proteção e mataram a lua.
Os guerreiros levaram a lua para sua aldeia, esquartejaram seu corpo em pedaços e o assaram num girau. O sol pensou muitos meios para salvar seu irmão. Por fim, assumiu a forma de um beija-flor, voou em torno de seu corpo, agarrou um pedacinho do tamanho de um dedo e voou de volta. Com este pedacinho conseguiu ressuscitar o irmão, repreendendo-o bastante seu comportamento e ameaçou abandoná-lo caso não se corrigisse.

REFERÊNCIAS E FONTES:
AQUINO, João. Mito dos Gêmeos. Tradução de João Aniceto. Compilado por Wilson Galhego Garcia. Araçatuba: Faculdade de Odontologia, 1975.
CASTRO, Eduardo Viveiros de. 104 Mitos Indígenas Inéditos na Obra de Kurt Nimuendajú. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. N. 21, 1986.
Clastres, Pierre. A fala sagrada. Campinas: Papirus, 1990.
Garcia, Wilson Galhego; Ribeiro, Aniceto. Cinco versões dos mitos dos gêmeos entre os Kaiová, Terra Indígena, n. 82: 11-201. out 2000.
NOTAS:

1. Pesquisa e organização: Neimar Machado de Sousa, doutor em história da educação pela UFSCar e pesquisador na FAIND/UFGD. Karai Nhanderovaigua. E-mail: neimar.machado.sousa@gmail.com
2. O artigo tem finalidade educacional e formato adaptado às mídias sociais.
3. A grafia adotada para as palavras indígenas segue a forma das fontes consultadas.
4. Metadados: sol, lua, carpincho. ImageM: ANTONINI, Carla. Carpincho. 2005.


domingo, 5 de maio de 2019

OS GÊMEOS CHEGAM A CASA DE SEU PAI, NHANDERU.


Os heróis míticos da Epopeia dos Gêmeos, o Sol e a Lua, descansaram seis dias na casa de sua mãe, Ha’i. Depois disso, a mãe foi até onde morava o pai, Nhanderu, para avisá-lo que seus filhos chegaram e viriam visitá-lo.
Os gêmeos contaram que sua mãe foi até a casa do marido que a abandonara, enquanto eles ficaram esperando. No dia seguinte, Ha’i já estava de volta. Ela contou ao marido que seus filhos chegaram e que viriam visitá-lo. Nhanderu lhe disse: - se forem meus filhos, irão me compreender. Ele não acreditava que eram seus filhos de verdade.
Depois da volta da mãe, os gêmeos foram visitar o pai e o encontraram deitado numa rede em sua casa. Chegaram à sua casa e falaram com ele. O pai fez um sinal com a mão para indicar que fossem à roça chupar cana. Os gêmeos beberam apenas o caldo sem derrubar nenhuma cana. Vendo isso, o pai concluiu que eram seus filhos verdadeiramente e entendiam o seu pensamento.
Os irmãos ficaram um pouco na casa de Nhanderu e voltaram à casa de sua mãe. Somente neste momento é que surgiu o sol como vemos hoje. O nosso pai, nhanderu desejava um sol que fosse permanente e estava trabalhando nisso, experimentando quem pudesse fazê-lo.
O desejo de Nhanderu era fazer uma luz que iluminasse toda a terra e ficasse no alto, mas ninguém conseguia que a luz ficasse bastante tempo no céu a ponto de iluminar toda a terra. Como não achava quem conseguisse o feito, Nhanderu mandou chamar novamente seus filhos ao céu que haviam voltado para a terra.
Todos os que estavam na casa de Nhanderu tentaram novamente fazer um sol para iluminar a terra, mas ninguém conseguiu. Então Nhanderu disse aos seus filhos: - agora é a vez de vocês. Quero saber o que vocês são.
Kuarahy carregava uma vasilha bem pequena onde tinha de tudo. Tinha mimby, jeguaká e todo tipo de coisas. Tirou de dentro um pequeno jeguaká e o acendeu em frente ao pai, que observava tudo. O brilho foi tão intenso que quase queimou a barba de Nhanderu. Enviou o jeguaka luminoso para o céu onde ficou iluminando o mundo todo e não caia mais. A luminosidade era tão intensa que ninguém mais conseguia dormir e o dia não acabava. Vendo isso, disse Nhanderu: - estes são meus filhos de fato. Jasy, agora é a sua vez. A lua pegou seu cesto semelhante àquele do sol e enviou uma luz para o céu. Era a futura lua. Nhanderu percebeu que Kuarahy e Jasy vieram para isso. Assim foram criados o sol para iluminar o dia de todos os povos e a lua para iluminar os animais noturnos.
Segundo o sr. João Aquino, aqui termina esta história.

REFERÊNCIAS E FONTES:
AQUINO, João. Mito dos Gêmeos. Tradução de João Aniceto. Compilado por Wilson Galhego Garcia. Araçatuba: Faculdade de Odontologia, 1975.
GUASCH, Antonio. Diccionario Basico Guarani - Castellano. Asunción: CEPAG, 2002.

NOTAS:
1. Pesquisa e organização: Neimar Machado de Sousa, doutor em história da educação pela UFSCar e pesquisador na FAIND/UFGD. Karai Nhanderovaigua. E-mail: neimar.machado.sousa@gmail.com
2. O artigo tem finalidade educacional e formato adaptado às mídias sociais.
3. A grafia adotada para as palavras tupi e guarani seguem a forma das fontes consultadas.
4. Metadados: há’i, nhanderu. Imagens: KAIOWÁ E GUARANI, Professores. Paikuara ha Jasy Oikohague. Amambai: Aldeia Amambai, 2012. 





quinta-feira, 2 de maio de 2019

KUNUMÎ KÕI HA JAGUARETÊ JARÝI: OS GÊMEOS E AS ONÇAS


A onça-avó, Jagwaretê Jari, e os parentes dela adotaram o Sol, Pa’ikuara, e a Lua, Jasy, mas o papagaio, Parakau, denunciou as onças como os assassinos da mãe dos gêmeos. Por isso, os meninos castigaram as onças.
São antigas e conhecidas as histórias das onças como feiticeiros inimigos dos homens. O ancião guarani Teodoro de Souza, da Aldeia Jata’yvary, em Ponta Porã (MS) contou que a primeira onça, Jaguaretê Ypy, queria mandar nos homens e pediu a Nhandejara para ser três vezes mais poderosa. O criador propôs um desafio: vá até aquela mata onde o homem lasca madeira e duele com ele. Se conseguir vencê-lo, concederei o que desejas. A onça correu até lá, mas, enganada pelo homem que prendeu suas patas dianteiras no de uma árvora recém-rachada, levou uma surra tão grande que sua pele ficou toda pintada até hoje.
A inimizade entre os dois vem de longa data, pois quando os gêmeos descobriram que as onças haviam devorado sua mãe, planejaram um plano para atraí-las a uma armadilha num campo de guavira do outro lado do rio. As onças haviam gostado muito da fruta apresentada pelos meninos e decidiram buscar mais no dia seguinte.
Os meninos acordaram cedo, levaram flechas e com elas fizeram uma ponte sobre o rio para as onças chegar ao campo das guaviras. Os gêmeos focaram aguardando as onças chegar e começar a cruzar a ponte, mas o rio se alargava magicamente enquanto estavam sobre a ponte, conforme o conselho do Papagaio. Quando as onças estivessem no meio do rio, retiraram as flechas para que caíssem na água, mas uma que estava grávida conseguiu saltar e chegar ao barranco. Esta onça é o antepassado de todas as que vivem até hoje, pois foi transformada pelos gêmeos que brilharam para ela, transformando-a de gente em animal.
As onças que caíram na água deram origem aos monstros aquáticos, após os gêmeos brilharem como um relâmpago, ára verá, diante delas. Como já era tarde, os gêmeos dormiram alí mesmo, mas foram acordados por volta da meia noite com o barulho de um animal. A lua perguntou: que animal é este? E o sol respondeu: este o cachorro-onça, jaguaretê. Desde então a onça é conhecida por este nome. Esta onça que estava grávida, teve um filhote macho e que deu origem às onças atuais.
Os gêmeos permaneceram alí, mas lembraram que a onça-avó havia permanecido na sua casa e pensavam o que fariam com ela. Tiveram a ideia de fazer um mundéu bem grande e pesado e armá-lo com um sabugo. Depois pediram à avó das onças para verificá-lo. Chegando lá, o sol disse que para arrumar o mundéu precisava entrar embaixo dele e a onça assim o fez. Quando ia entrando, a armadilha desarmou, caiu sobre a onça-avó e a matou.
Neste mesmo lugar, os gêmeos criaram o animal chamado Paca, Jaichá, também chamado de Akutipáy. Eles fizeram a paca da velha onça e ficaram contentes quando o animal caiu na armadilha. Depois de criada a paca, os meninos iniciaram a sua jornada em busca do pai, Nhanderu, até o sol nascente, Pa’i ambá.

REFERÊNCIAS E FONTES:
AQUINO, João. Mito dos Gêmeos. Tradução de João Aniceto. Compilado por Wilson Galhego Garcia. Araçatuba: Faculdade de Odontologia, 1975.

NOTAS:
1. Pesquisa e organização: Neimar Machado de Sousa, doutor em história da educação pela UFSCar e pesquisador na FAIND/UFGD. Karai Nhanderovaigua. E-mail: neimar.machado.sousa@gmail.com
2. O artigo tem finalidade educacional e formato adaptado às mídias sociais.
3. A grafia adotada para as palavras tupi e guarani seguem a forma das fontes consultadas, acrescidas de acentuação para facilitar a pronúncia.

4. Metadados: tyke’y, tyvyra, monde, nhandesy, kuarahy, jasy, jaguaretê jari. Imagens: Guarani e Kaiowá de amambai, Professores. Pa’ikuara ha Jasy Oikohague. Amambai, 2012.




domingo, 28 de abril de 2019

DICIONÁRIO GUARANI E KAIOWÁ


DICIONÁRIO GUARANI E KAIOWÁ


A
A: aqui, lugar
Ã: sombra, alma
A: cair
Aguara: raposa
Águi: daqui
Águio: de aqui para lá
Aguyje: obrigado
Ahániri: não
Ahoja: frazada
ahy'o: garganta, voz
aichejáranga: pobrezinho! Ai!
Aipo: aquele
aipóramo/aipórõ: então
aja: durante
ajaka: cesto
aje'i(ma): hace rato
ajépa: verdade?
Aju: maduro
Ajúra: cuello
Akã: cabeça
Acata: cabeçaa dura
Akãjere: marear-se
Akãnundu: febre
Akãraku: enamorado, louco
akatú (v) ape: derecha (a la)
akãvai: apaixonado, louco
aky: verde, no maduro
akÿ: mojado
Alemaniagua: alemán
Alkila: alquilar
Ama: chuva
Ama'ÿ: seco, seca
amambai: helecho
ambue: otro
amo: aquel, aquellos
amo tuguápe: allá en el fondo
amyrÿi: difunto
aña: diablo
aña retã: infierno
andai: calabaza
añete: verdad
añete (hápe): verdad (en)
anga: pobrecito
ánga: alma
anga, nga: lastimosamente
angata: preocupado
ange: hoy
ange pyhare: anoche
angeko(i): preocupado
angepyhare: anoche
angerete: hace poco
angu'a: mortero
angue: alma de muerto
ani (-tei/-ti): ¡no!
ani chéne!: no será, que no sea
año(nte): solo
ao: ropa, vestido
ape: espalda
ápe: aquí
apere'a: coelho
apesã [avati]: un manojo [de maíz]
apo: confección
apu'a: redondo
apyka: asiento, silla
apysa: oído
apyte: centro
apytépe: en medio de
ára: día, tiempo
ára haku: calor, alta temperatura
arahaku: verano
arai: nube
araka'épa: cuándo
araka'eve: nunca
aramboha: almohada
aramboty: cumpleaños
aramirõ: almidón
arandu: sabiduría, sabio, listo.
Arapoty: primavera
Ararecha: nacer
araro'y: invierno
arasa: guayaba
aratiri: relámpago
aravo: hora
are: tardar
are porã: buen rato
aréma: desde hace tiempo
arete: fiesta
arhel: antipático
ári: sobre
árupi: por aquí
ary: año
asaje: media mañana, mediodía
asajepyte: mediodía
asúpe: izquierda
asy: mucho, profundo
ate'ÿ: pereza, perezoso
atukupe: espalda
aty: reunirse, reunión
ava: hombre
áva: cabellera
ava ñe'ê: guaraní, lengua
avakachi: ananás
avati: maíz
avati: pororo maíz frito
avati: soka: pisón de mortero
avei: también
ay: antipático

C
Cháke: cuidado
Chara: lã
che mba'e: mío
che rendumi: perdón, escúchame
che réra: llamarse
che róga opyta: vivir
che rógape: casa
chera'arõ: espérame
chichã chinche chipa torta
chokokue: campesino
chokora: chocolate
chyryry: frito

D
dipara echar a correr

E
e (ha'e/ere/he'i) decir
e'a! ¡oh!
eíra miel (de caña), azúcar
eirete miel de abejas
eiru, eira rúa abeja
ete verdadero
eterei mucho, muy, demasiado

F
falta faltar

G
Gana: ganar
gua: originario de
gua'u: ficticio, falso
guahu: aullar
guapy: sentarse
guarã: para
guaraniete: guaraní puro
guaripola: aguardiente, caña
guasu: grande
guata: caminar, viajar
guata: funcionar
guataha: viaje
gue: apagarse
guéi: boi
guejy: bajar(se)
gueteri: todavía
gui: de, por
guio, guivo: al lado de, detrás de
guive: desde (que)
guy, guýpe: debajo
guyra: pájaro
guahe: llegar
guaiguî, guaimi: anciana
guazú: grande

H
Ha: e, que
Agua: para que
ha (aha/reho/oho...): irse, ir
ha hakykuéri: seguir
ha'ã: jugar a, disparar, tirar, probar
ha'aresa: nacer
ha'arõ: esperar
ha'ejevy: repetir, volver a realizar
ha'etépe: puntual
ha'evéma: basta
ha'evete, ra'evete: mismo
agüere: por, a causa de
hai: escribir, grabar
hái: ácido
háime(te): casi
haimetéma: casi
háke: cuidado
haku: calor
hakykuépe: detrás
hapy: quemar
hasýpe: por fin
hasýpe: apenas
hasa: pasar
hasy: difícil
hasy: enfermo
hasy chéve: doler
hatã: duro
havõ: jabón
hayhu: querer, amar
hayviru'i: lloviznar
he: rico, agradable
he'ê dulce
he'ise: significa
he'ÿ: soso
hecha: ver, notar
hechanga'u: añorar
hechapyrã: interesante
hechauka: mostrar, hacer ver
hêe: sí
heja: dejar
hela: buscar
hendu: escuchar, oír, entender
henói: invitar, llamar
henondépe: delante
henyhê: lleno
hepy: caro
hepyme'ê: pagar
hesãi: sano
hesakã: claro
hesape: alumbrar
hese: por él
heta ára rire: mucho tiempo
heta, eta: muchos
hetaitéramo: a lo sumo
hete: besar
hete: oler
hi'a: fruta, da
hi'ã: parece
hi'ãnte chéve: ojalá
hi'ári: encima
hi'ári: además
hi'upy: alimento, comida, comestible
hory: divertido, alegre, feliz
hovasa: bendecir
hovy: verde azulado
hovyû: verde oscuro
hû: negro
hu'u: tos
hu'û: blando
hupi: levantar
hupity: alcanzar
hyepýpe: dentro
hykue: mojado
hypýi: rociar

I
Ichupe: él, lo, a él
Igústo: gusto
Ikatu: posible
ilaja porã: simpático, de buen carácter
iñepyrûme: principio, comienzo
ipýpe: dentro
ipahá(gue): último
ipahápe: finalmente
iporã chéve: gustar
iporãma: suficiente, bastante
iporãmante: bastante
irû: colega, compañero
irundy: cuatro
ita: piedra
itakua: cueva

J
Ja: caber, pegarse
Jagua: perro
Jaguarete: jaguar, tigre
jahe'o: llorar
jahu: bañarse
jahuha: baño
jajái: resplandor
jakare: yacaré, caimán, cocodrilo
jakuaruha: letrina
japepo: cazuela, olla
papi: marcharse, rumbear, disparar
japo: hacer
japo tembi'u: cocinar
japu: mentira, mentir
japysaka: escuchar bien
jarýi: abuela
jára: dueño
jasy: luna, mes
jave: durante, cuando
javorái: maleza
javy: equivocarse, perderse
je'oi: acudir, socorrer
jeheka: dedicarse
jehu: suceder
jei: separarse
jejavy: perderse, equivocarse
jejoko: contenerse, agarrarse, sostenerse
jejuhu: encontrarse
jeko: se dice, se rumorea
jekuaa: conocerse, ser conocidos
jepe: incluso, a pesar de, aunque, pero
jepe'a: lenha
jepe'e: calentarse
jepi: frecuentemente
jepohéi: lavarse las manos
jepoka: torcido
jepokuaa: acostumbrarse
jeporu: utilizar
jepy'apy: preocuparse, sufrir
jerokyha: baile
jerovia: confiar, tener fe
jeroviaha: documento, papeles
jerure: pedir
jetapa: tijera
jetavy'o: aprender
jety: boniato, batata dulce
jevy, jey: volver a, otra vez, nuevamente, de nuevo
jey'u(rã): bebida
joa(ju): juntamente, juntos
jogapo: construir
jogua: comprar
jogua: parecerse
joguapy: bulto
johéi: lavar
jere: contorno, vuelta, giro
jerere: alrededor de
jeroky: bailar
jojói: hartarse, tener hipo
jojuhu: encontrarse
joka: romper
Joao: sujetar, atajar
Jokoha: obstáculo
Jokuaa: conocerse
Jokuái: emplear
Jopara: mezcla de guaraní-español
Jopara: mezcla, mezclado
Jope: calentar
Jopi: picar
Jopói: regalo
Jopy: apretar
Joso: moler, pisar
Jovái: enfrentarse
Ju: venir
ju'i: rana
juavy: diferenciarse
juayhu: amor mutuo
juhu: encontrar
juka: matar
juky: sal
juky: simpático
jukyry: salmuera
jukysy: caldo
jupi: subir
juru: abertura, boca
jurujái: admirarse
jurumi: oso hormiguero
juruvy: medio abierto
jyva: brazo

K
Kã: seco
ka'a: yerba mate, planta, hierba
ka'aguy: monte, bosque
ka'aguy: bosque
ka'aru: tarde
ka'avo: hierbas, verdura
ka'ay: mate
ka'ê: asado
ka'i: mono
ka'u: borracho
ka'ygua: mate, calabaza
kachiãi: indisciplinado, informal
kái: quemarse
kaigue: sin ganas
kaigue: aburrirse
kakaha: letrina
kakuaa: adulto, crecer
káma: pecho, busto
kambuchi: cántaro
kamby: leche
kambyrypy'a: cuajado
camisa: camisa
kane'õ: cansancio, cansado
kangue: hueso
kangy: deprimido, lánguido, débil
kañy: esconderse, perderse
kapi'i: paja
kapi'y: carpincho
kapilla: ciudad
kapiÿva: carpincho
karaguata: bromeliáceas
karai: señor
karai ñe'ê: español
karape: bajo
karia'y: mozo
kart: comer, comilón
karugua: ciénaga, estero
karumbe: coche de plaza, tortuga
kasõ: pantalón
káso: historia, cuento
vatu: sí, pues
katupyry: inteligente, hábil
káva: avispa
kavaju: caballo
kavara: cabra
kavure'i: pájaro de buena suerte, atractivo
kay'u: tomar mate
ke: dormir, guardarse, entrar
keha: hotel
kéra: sueño
kerana: dormilón
kesu: queso
kirirî: callarse
ko: andar, vivir, estar
ko árape: hoy
ko rei: estar ocioso
ko'ápe: aquí
ko'árupi: por aquí
ko'ê: amanecer, la mañana
ko'êmbuéramo: pasado mañana
ko'êro: mañana
ko'êroite: muy pronto de mañana
ko'êsoro: romper del alba
kóche: coche, automóvil
kóga: huerto
kóga: huerta
kóicha: así
kóina: he aquí, toma
kokue: roça
kokuehe: faz alguns dias
komû: letrina
kopi: desmalezar, rozar
kora: corral
korapy: corral
kororõ: rugir
kotevê: necesitar
koty: habitación, pieza
kotyo: hacia
kóvante jepe: por lo menos
kove: vivir
koygua: campesino
ku: aquel
kû: lengua
ku'asã: cinturón, faja
ku'e: moverse
ku'i: molido
kua: agujero
kuã: dedo
kuaa: conocer, saber
kuairû: anillo
kuarahy: sol
kuarahy'ã: sombra
kuarahyreike: este
kuarahyresê: oeste
kuatî: zorrita, ardilla
kuatia: papel
kuatia ñe'ê: libro
kuave'ê: ofrecer
kue, ngue: ex- , fuera de
kuehe: ayer
kuehe ambue: anteayer
kuera: sanar
kuerái: estar harto
kuimba'e: hombre, varón
Cumandá: poroto
Kumby: probar
Kuñakarai: señora
Kuñataî: señorita, muchacha
Kundaha: investigar
kunu'û: mimos, caricias
kupépe: detrás de
kure: cerdo
kuriete: tarde (muy)
kuru: lepra, sarna
kururu: sapo
kurusu veve: avión
kutu: herir, clavar
ky: llueve
ky'a: sucio
ky'a'o: limpiar
ky'ÿi: ají
kyha: rede
kyhyje: temer
kyju: grilo
kypy'y: hermana menor
kyra: gordo, grasoso
kyre'ÿ: ganas, deseo
kyrÿi: tierno, frágil
kyse: cuchillo
kytî: cortar
kivi: hermano de la mujer

L
Lája: costumbre, clase, carácter
Lembu: escarabajo
Liga: conseguir

M
mýi: moverse
ma: ya
ma'ê: mirar, atender, observar
maerãpa: para qué
mainumby: picaflor, colibrí
maiteipa: saludo
malisia: pensar, suponer
mamóguipa: de dónde
Mamóngotyo: hacia dónde
Mamópa: dónde, adónde
mamoyguápa: de dónde
maña: mirar
mandi: pues, sólo
mandi'o rapo: raíz de mandioca
mandi'o: mandioca
mandu'a: acordarse, tener memoria, recordar
manduvi: maní, cacahuete
mandyju: algodón
mano: morrer
mante: somente
manterei: continuamente, siempre
máramo: nunca
marandu: noticia, mensaje
marangatu: santo/a, bendito/a, estimado
marave: nada
marave ndoikói: no importa
marcha: funcionar
máva mávapa: quiénes
máva mba'épa: de quién
Mávapa: quiénes
mayma(va): todos
maymáva: todo
mba'apo: trabajar
mba'e: cosa, algo, propiedad
mba'e heta: rico, con propiedades
mba'e rovy: verdura
mba'éguipa: por qué
mba'ehápa: por qué
mba'éichapa: cómo
mba'embyasy: triste, melancólico
mba'épa: qué
mba'ére(he)pa: por qué
mba'eve: nada
mba'evete chéve: no importa
mbaraka: guitarra
mbarakaja: gato
mbarete: fuerte
mbayru: coche, recipiente
mbegue: despacio
mberu: mosca
mbichy: assado
mbo'e: ensinar
mbo'ehao: escuela
mbo'ehára: profesor/a
mbo'y: regar
mbochyryry: freír
mboguataha: el que hace caminar, guía
mboguejy: bajar
mbohapy: tres
mbohe: condimentar
mboheha: condimiento
mbohory: alegrar, encantar
mbohovái: desobedecer, contestar
mbohupa: huésped
mbohupa: albergar
mbói: serpiente
mboja'o: compartir
mbojaru: burlarse
mbojegua: adornar
mbojere: traducir, dar vuelta, trasladar
mbojoja: igualar
mboka: arma de fuego
mbokaja: cocotero
mbokapu: tirar, disparar
mbopi: murciélago
mbopu: tocar
mborayhu: amor
mborayhuhápe: cariñosamente
mborevi: tapir
mboriahu: pobre
mbota: golpear
mbotavy: engañar, atontar
mboty ... ary: cumplir años, cumplir, cerrar
mbou: enviar
mbovýpa: cuántos
mbovy: pocos
mbovyetéramo: menos, por lo menos
mbovyve: gratis, menos
mboy'u: dar de beber
mboyve: antes
mboyvytimbo: levantar polvo
mbujape: pan
mburika: mula
mburukuja: árbol de mburacuyá
mburuvicha: grande chefe
mburuvicha: presidente
Mburuvicha Róga: casa presidencial
mbyai: estropear
mbyaku: calentar
mbyaty: reunir
mbyja: estrella
mbyky: corto
mbyry'ái: calor (tengo calor)
mbytépe: entre, entrar, dentro de
me'ê: dar, permitir, otorgar
memby: hijo/a
memby'anga: ahijado, ahijada
membykuña: hija
meme(te): continuamente
ména: marido
menda: bodas, casarse
mendare: casado
mi: un poco
michî: pequeño
míkro: micro, colectivo
mimbi: brillar
mimby: flauta
mimói: hervido
mirî: pequeño
mitã: muchacho, joven
mitã Tupã: arete navidad
mitã'i: niño
mitã'i (okambúva): bebé, lactante
mitãkuña: niña
mo'ã: pensar
moakãrasy: dar dolor de cabeza
moambue: cambiar
moherã: dudar
mohesakã: explicar, aclarar
moî: poner, meter
moinge: meter
moirû: acompañar
mokã: secar
mokambu: amamantar
mokõi: dos
mokunu'û: acariciar, mimar
momaitei: saludar
momba: acabar
momba'apo: hacer trabajar
mombáy: despertar mombe'u: narrar mombyry: lejos mombyrygua: de lejos, forastero momorã: admirar mondýi: asustar monda: robar mondaha: ladrón monde: vestir mondo: mandar, enviar moñe'ê: leer moñenoña: criar mongaru: alimentar monguera: curar mongy'a: ensuciar mono'õ: cosechar moõpa dónde mopane desilusionar mopotî limpiar morotî blanco mosaingo colgar muã luciérnaga myakÿ: mojar myaña: empujar myasãi: extender, publicar myatã: estirar myatyrõ: arreglar, componer myendy: encender mymba: animal doméstico
mymbakuéra: ganado

N
nahániri: no
nambi: oreja
nandi descubierto, vacío
néi: permitir, consentir
néike!: ¡vamos!
nd(a) ... véima: ya no ... más
ndahasýi: sencillo, fácil, barato
ndaikatúi: imposible
ndaipóri: no hay
ndaje: se dice
ndikatúi: no es posible
ndive, ndie, ndi: con
ne'îra: todavía
ne'îra gueteri: todavía no
neuma: vendedor, negocio, tienda, negociador
nga'u: espero que, ojalá
ngotyo: dirección, hacia
nohê: sacar
nohê ta'anga: sacar fotos
nte: sólo
núne: tal vez
nupã: castigar, pegar

Ñ
Ña: señora, doña
ña'embe: plato
ñaimo'ã: igual, parecido
ñana: hierba no medicinal
ñana: letrina
ñaña: malo
Ñandejára: Dios, Nuestro Señor
Ñandú: araña
Ñandú: visitar
Ñandú: sentir
ñandu guasu: ñandú
ñanduti: telaraña, encaje artesanal, paraguayo, ñandutí
ñandy: grasa
ñangareko: cuidar
ñani: correr
ñañu(v)ã: abrazar
ñapy'û: sartén
ñapytî: atar
narã: naranja
ñarõ: selvagem, bravo
ñasaindy: luz de la luna
ñati'û: mosquito
ñati'û jokoha: mosquitero
ñe'ê: hablar, idioma, palabra, lengua
ñe'ême'ê: prometer
ñe'enga: refrán, proverbio
ñeha'ã: esforzarse
ñehê: derramarse
ñehendyvapo: afeitarse
ñekuave'ê: ofrecerse
ñekytî: cortarse
ñembo'e: rezar
ñembo'e: aprender
ñembo'euka: aprender
ñembohory: burlarse
ñemboi: desnudarse
ñemboja: arrimarse
ñembojaruhápe: en broma
ñemboki: enamorarse
ñembosako'i: prepararse
ñembosarái: jugar
ñembyahýi: hambre, apetito
ñembyai: estropearse
ñembyasy: sentir, lamentar
ñembyaty: reunirse
ñemi: esconderse
ñemiháme: escondido, a escondidas
ñemitÿ: semear
ñemoî: ponerse
ñemonde: vestirse
ñemongeta: conversar
ñemu: vender
ñemuha ñemi: contrabandista
ñeñandu: sentirse
ñeno: acostarse
ñepyrû: começar
ñongatu: guardar
ñonte: solo
ñopu: herirse
ñorairõ: guerra, guerrear, luchar, pelear
ñoty: sembrar, enterrar, cultivar
ñu: campo
ñuã: tapar, abrigar
ñuhã: trampa
ñurumi: oso hormiguero
ñyrõ: perdonar

O
Óga: casa
Oî: há
oî porã: está bien
oîma: listo
oimehápe: donde quiera
oimeraêva: cualquiera, cualquier
oka: fuera
okápe: fuera
okára: campo
okaraygua: campesino, forastero
okê: puerta
oñemboty: cerrado
opa rire: después de todo, al final, finalmente
opaite: todos
opáma: acabó
opárupi: por todas partes
osoro: roto
ovecha: oveja
ovetã: ventana

P
Pýpe: dentro de
Pýra: crudo
Pa: todo, totalmente
Pa: acabarse
pa'ã: obstrucción, atasco
pa'ã: depender
pa'i: sacerdote
pa'irã: seminarista, futuro sacerdote
pa'û: intersticio, espacio
paha: final, último
paha: fin
paje: encanto, magia
pakova: banana
panambi: mariposa
pane: mala suerte
papa: contar
para: agua grande, mar
paraguái: paraguayo, Paraguay
páy: despertar
pe: en, ese
pe: ancho
pê: romperse
pe'a: quitar, abrir
pehengue: pedazo, fragmento, parte
péicha: así
péina ápe: he aquí
pepo: ala
pererî: delgado
peteî: uno
peteîha: primero
peteînte: único
petÿ: tabaco
petÿndy: tabacal
péva: ése
peve/meve: hasta
pi: escampar
piári: en busca de
pila'i: cansado
pinda: anzuelo
pindo: palmera
pióla: cuerda
pira: pez, pescado
pirãi: piraña
pirakutu: pescar
pirapire: dinero
pire: piel, cáscara
pire'o: descascarar
pirevai: malhumorado
piru: flaco
pita: fumar
po: saltar
po: mano
po guýpe: en poder de
po'a: suerte
po'i: estrecho, fino
po'o: arrancar
pochy: enojo, enojarse
pohýi: pesado, grave
pohã: remedio
pohãno: curar
pohãnohára: médico, doctor
pohe: hábil
poi: soltar
poko: tocar
pombéro: espíritu de la noche
porã: bueno, lindo
porãiterei: excelente
porãmínte: bastante bien
porandu: preguntar
porazo: escoger
pore'ÿ: ausente
poreno: fornicar, hacer el amor
poriahu: pobre
poroapo: apreciar, valorar
porombo'e: enseñar
pororo: chisporrotear
poru: usar
poruka: prestar
pota: querer, desear
potaje: preferir, querer más
potî: limpio
poty: flor
poyvi: hilo recio de algodón
pu: sonido, música
pu'ã: levantarse
puka: reírse
pukavy: sonreír, reír a medias
puku: largo
pukukuévo: a lo largo de
pupo: hervir
purahéi: canción, cantar
py: pie
py nandi: descalzo
py'a: corazón, entraña
py'a mirî: temeroso
py'a rasy: hambre
py'aguapy: tranquilizarse
py'aguasu: valiente
py'akue: hígado, tripas
py'amirî: cobarde
py'apy: pena, quebranto, aflicción
py'arasy: dolor de estómago
py'aro: odio
py'ÿi: frecuentemente, a menudo
pya'e: rápidamente, aprisa
pyahu: nuevo
pyapy: boneca
pyhare: noche
pyhareve: mañana
pyhy: fornicar
pyhy: tomar, agarrar
pypore: huella
pyrague: espía
pyrû: aventajar, pisar
pysã: dedo del pie
pysyrýi: resbalar
pyta: talón
pyta pararse, detenerse, quedarse
pytã: rojo
pytagua: forastero
pytangy: color rosa
pyte: chupar
pyti'a: pecho
pytû: oscuro
pytu'u: descansar
pytumby: anochecer
pytyvõ: ayudar
pytyvõhára: ayudante

R
Rã: futuro
Vaha: llevar
Rumbosa: desayunar
Ramo: acabar de, recién, cuando, si
Rangue: en lugar de
Rapykuéri: detrás de
Rasa: extremamente
Rasê: llorar
Rehe: por
Rei: en vano
Reínteko: de balde no más
rekaka pa'ã: estreñimiento
rekakahýi: defecar, sentir ganas
rekávo: en busca de
reko: tener
remby: sobrar
rendápe: al lado de, junto a
renondépe: delante de
resarái: olvidarse de
rire: después
ro: amargo
ro'y: frío
ro'ysã: fresco
roguerohory: felicitación!
Rohory: apreciar
Rohory: felicitar
Rojy: bajar
Ropehýi: tener sueño
Ropurahéi: cantar
Rovái: enfrente de
Rovia: creer
Ru: traer
ru'anga: padrino
rupi: alrededor de, por
ruru: hinchado
ruruka: hacer traer
ry: líquido
ryguatã: satisfecho, harto
ry'ai: sudar
ryakuã: oler bien
rye colitis
rye guasu: embarazada
ryguasu: gallina
ryguasu rupi'a: huevo de gallina

S
sa'i: poco
sa'yju: amarillo
saingo: colgado
sambyhy: manejar, conducir
sapatu: zapato
sapukái: grito
sapy'a py'a: de vez en cuando
sapy'a py'aite: raras veces
sapy'a(itépe): súbitamente, de repente
sapy'a(mi): ratito, un momento
saraki: vivaracho
sarambi: desorden, desordenado
sãso: libre
se: querer
sê: salir
sevo'i: lombriz
sevói: cebolla
so: romperse
so'o: carne
soka: palo del mortero
soro: romperse
su'u: morder
sunu: tronar
sy: madre
sy'anga: madrina
sÿi: liso, resbaladizo
syry: fluir
syva: frente

T
ta'ýra/ra'y/ita'ýra: hijo
ta'anga: imagen, foto
ta'ÿi: semilla, brote, esperma
taguato: aguilucho
taguato resay: aguardiente
tahýi: hormiga
tahachi: policía, agente
tái: picante
tãi: diente
taita: papá
taita guasu: abuelo
tajýra/rajy/itajýra: hija
tajy: lapacho(árbol)
takã: ramo
tako: vulva
taku: calor
takuára: cana
takuare'ê: caña dulce
takykuégotyo: atrás, hacia atrás
takykuépe: atrasado
tanimbu: ceniza
tapýi: rancho
tape: camino
tape guasu: carretera
tapehû: carretera asfaltada
tapi'a: pene, testículos
tapia: frecuentemente, siempre
tapicha: prójimo, gente
tapiti: liebre
tapo: raíz
tapykue: parte posterior
tapykuéri: detrás de
tapypi: vulva
tarave: cucaracha
tarova: enloquecer
tasê: llanto, lloroso
taso: gusano
tasy: enfermedad, enfermo, dolor
tata: fuego
tataindy: vela
tatakua: horno
tatapÿi: brasa
tatarendy: llamas
tatatî: fumaça
tatatína: neblina
tataypy: cocina, hogar
tatî: espina
tatu: armadillo
táva: pueblo, ciudad
tavy: ignorante, tonto, loco
techapyrã: ejemplo
teindy: hermano
teju: lagarto
tekaka: excremento
teko: costumbre, naturaleza, modo
tekotevê: importante, necesario
tekove: vida, persona
tembe: labio
tembe'y: orilla, frontera
tembi'u: comida
tembiapo: trabajo
tembiasakue: historia
tembiporu: utensilio, cubierto
tembireko: esposa
tembo: pênis, broto 
temiarirõ: nieto
temimbo'e: alumno
tenda: lugar
tenda: montado
tendy: saliva
tendy: luz
tendyva: barba
tenonde: delante de
tenondépe: adelante
tenonderã: primero, ante todo, especialmente
tepoti: excremento
tepy: precio, valor
téra: nombre
térã o téra joa(py): apellido
tere§uahe porãite: bienvenido
terere: mate frío
tesa: ojo
tesãi: salud
tesay: lágrima
tetã: patria, país
tete: cuerpo
tetekue: cadáver
tetyma: pierna
tevi: culo
tî: tener vergüenza
tî: nariz
tie'ÿ: escandaloso
timbo: humo, cigarro
togue: hoja
topa: encontrar
tory: felicidad
tova: cara
tovasy: tristeza
tû: pique, nigua
tu'ã: cima
tugua: fondo
tuguái: apéndice, cola
tuguy: sangre
tuguysê: menstruación
tuicha, tuvicha: grande
tuja: viejo
tuju: barro
tuku: langosta
tumby: asentaderas
tupa: cama, lecho
tupao: iglesia
Tupasÿ: Virgen Maria
tupi'a: huevo
túva/itúva: padre
tuvicha: jefe
tuvy: tío
ty: tirar, echar, acumular
ty'ai: sudor
tyahýi: orinar
tyapu: ruido
tye: vientre
tyeguy: bajo vientre
tyke: hermana mayor
tyke'y: hermano mayor
tykua: cebar mate
tykue(re): zumo, jugo
tyky: gotear
tymba: animal doméstico
typei: barrer
típica: escoba
tyre'ÿ: huérfano
tyvy – tyvýra: hermano menor
tyvyta: ceja

U
U (ha'u/re'u/ho'u): comer, beber, alimentarse
Upéi: después, luego
Upéicha: así
Upéicharamo: si es así, entonces
Upépe: allí
Upéramo: en aquel tiempo
Upy: comestible

V
Výro: tonto
Va: mudarse, cambiar
Vai: malo, feo
váicha chéve: parece
vakapi: fútbol
vakapi: piel, cuero
vale: valer
vare'a: hambre, tener
ve: más
vende: vender
vera: relampaguear, brillar
veve: volar
vevúi: ligero
vo: al, para, en
vo: cuando
voi: temprano
bocoy: luego
vosa: bolsa
vy: medio
vy'a: alegrarse
vy'a: divertirse
vy'a: alegrarse
vy'a'ÿ: malestar

Y
Y: água
Ÿ: sim
y'aha: salto de agua
y'u (hay'u/rey'u/hoy): beber água
yúhéi: teer sede
yga rupa: porto
ygára: canoa, "barco"
yke: lado
ykére: ao lado de
ykua: poço
yma: faz tempo
ynambu: perdiz
ybýpe: junto
ypa: lago
ype: pato
ypy: começo, origem
ypykuéra: antepassados
ÿrehe: sin

FRASES E EXPRESSÕES PARA EXAME MÉDICO
Mba'exa re'u arã pohã: como tomar remédio?


BIBLIOGRAFIA
Wilson Galhego Garcia