sábado, 24 de abril de 2010

Michel de Montaigne e os índios

Em 1580, o filósofo cético francês de Bordeaux, publicou uma obra que inaugurou um estilo conhecido como ensaio pessoal. Nesse livro, escreveu sobre a destruição da América e de seus habitantes, os índios, pelos colonizadores espanhóis. No capítulo XXXI, intitulado Os Canibais, escreveu sobre os índios e a falsa impressão de que são selvagens em sues costumes em comparação com os europeus. Comecemos o debate...

26 comentários:

  1. Titulo: Da desrazão e da indiferença - Montaigne e a questão indigena
    Nome: Weslem Gimenez dos Santos
    Curso: Filosofia

    Certamente, vivemos em uma nação multicultural. Sotaques distintos, costumes variados, diferentes formas de agir. Por ser este um axioma, não deveríamos, então, ser tolerantes a tudo aquilo que pode nos parecer "estranho"? Ora, o que há em nossa consciência que nos faz ver nossos costumes como superiores aos demais?
    No entanto, tomamos tudo aquilo que é diferente a nós com tal desprezo e intolerância, que alcançamos o estatuto da desrazão, ao definir de "bárbaros" povos, por vez, não tão distantes.
    Assim demonstra Michel de Montaigne em seu ensaio "Dos Canibais"; assim podemos perceber na relação entre os "brancos" e os povos indígenas.
    Alem da verdade, aqueles que se sentem orgulhosos em ter em suas veias correndo sangue herdado de povos antigos, que estavam aqui antes de nós, sobrepõe todo o tipo de preconceito; porém, a intolerância e a ânsia pelo poder ainda se faz ser ouvida através de intervenções culturais, quebra de tradições e a implantação do desejo de conquista, típico do "homem branco".
    Nossa realidade contrapõe aquilo que Montaigne diz, quando coloca que "as leis naturais que os regem estão ainda muito pouco adulteradas pela nossa", pois, pela forca física, ou pela sutileza de nossa inteligência, moldamos, a nosso bel-prazer, algo que traduz o espírito de um povo, e, apagando da memória seus traços culturais, cometemos crimes, por vezes irreversíveis, à diferença e à dignidade humana. Além disso, cabe bem a frase de Montaigne, ao falar da natureza: "melhor deveríamos chamar selvagens aos que alteramos por nosso artifício e desviamos da ordem comum".
    Enfim, a Filosofia sempre se preocupou com a Razão, e como ela se apresenta ao espírito; quanto aos dias atuais, onde impera a desrazão, na intolerância do "homem branco" frente aos povos indígenas, cabe certamente uma reflexão, unida a práticas de exposição de tais problemas, que, para aqueles, parecem irrelevantes, pois, assim como coloca Montaigne, "podemos, pois, achá-los bárbaros em relação às regras da razão, mas não à nós, que os sobrepassamos em toda a espécie de barbárie".

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  2. João Marcos Molina, acadêmico de filosofia(UCDB)

    Os indios selvagens? ou Nós é que somos!

    Em seu texto Montaigne e os indios nos coloca uma concepção de selavageria que na socieddae hoje se concretiza, somos uma nova humanidade difente da que ouvimos falar, continuamos hoje ainda a explorar esse povo que na nossa perspectiva se torna selvagem somos nós que colocamos este nome, portanto somos nós que nos intitulamos de selvagens quando exploramos suas terras, suas famílias, sua comida, suas casas netre outras coisas que neste comentário não caberia e preciso hoje mudarmos esta concepção e pensarmos que os "selvagens" somos nós!

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  3. Michel de Montaing, relaciona, no texto, a nação dos indios com a sua cultura, que por sua vez, cada povo tem seu costume e sues habitos.
    "Isto prova que nos devemos guardar
    das opiniões vulgares e julgar pelo caminho da razão e não pela voz geral."

    "Essas nações parecem, pois, bárbaras, simplesmente porque mal acusam ainda o
    rastro do espírito humano e estão muito próximas da sua ingenuidade original."

    isto por que ele entende que não podem ser julgados apenas pelo fato de eles serem diferentes no agir, na vestimenta, na linguagem, etc. E sim por que eles têm uma cultura própria.

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  4. Michel de Montaigne, além de não tomar os "nativos"como bárbaros também os coloca como tendo uma cultura superior.Nata-se que ele ficou admirado com o modo como eles tratam as suas esposas.a coragem é outra coisa que nos chama a atenção posto que coragem vem de honra,algo tão escaso naquela época(hoje nem se fala).A falta de corrupção é outra coisa de lovavél,deixando claro que a noção de barbaro que era atribuida para com os "canibais" era pelo simples fato de que eles não falavam a mesma língua, e nem compartilhar os mesmos valores.

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  5. Daquilo que é bestial e estranho! Por Martinho Vagner (Filosofia/UCDB)
    O texto ‘Dos canibais’ de Michel de Montaigne nos oferece a possibilidade do encontro com aquilo que de um primeiro modo, pode parecer contrário aos nossos costumes. Ora, hoje em dia temos em mente a noção de costumes?
    Estamos tão acostumados às noções e comportamentos com o que vem de fora e não voltamos mais às temáticas tradicionais de nosso ser. Se à isto voltarmos, seremos os novos selvagens.
    A questão do domínio do homem branco frente à raça indígena comentada pelo nosso autor, nos infere a questão de quanto somos nós os ingênuos de acreditarmos que a nossa verdade e razão são para além da esfera dos povos nativos da América. Tal verdade e razão parecem estar alicerçadas numa superação da selvageria (ou bestialidade) da qual nossos irmãos nativos ainda parecem trazer.
    Demanda-nos reconhecer, que daquilo que é bestial e estranho é o nosso contínuo modo comportamental de desviar a ordem comum do homem na terra: sua humanidade singular e plural que pela natureza deveria ser moldada naquilo que é simples e carregado de beleza e não frivolamente cientificadas e racionalizadas.

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  6. Montaigne, no seu texto “Dos Canibais”, deixa claro sua visão quanto ao problema de considerarmos a diferença como inferior, especialmente quando fala sobre a concepção de barbárie: “classificamos de barbárie o que é alheio aos nossos costumes; dir-se-ia que não temos da verdade e da razão outro ponto de referência que o exemplo e a ideia das opiniões e usos do país a que pertencemos” (pág 2). Ele demonstra, já no final do século XVI, uma análise que indica a crítica ao etnocentrismo que a modernidade traz.

    Quanto a isso, ele continua, dizendo que “Neste [país a que pertencemos], a religião é sempre perfeita, perfeito o governo, perfeito e irrepreensível o uso de todas as coisas” (pág 2). Assim, o autor coloca que a noção de barbárie surge de uma própria visão etnocentrista, na qual o grupo de um teria superioridade sobre o do outro.

    Em seguida, Montaigne ainda assinala que os povos a que se refere só são selvagens se consideramos esse termo como referente àquilo que espontaneamente germina na natureza, mas que isso em si não constitui inferioridade. Ao contrário, defende que muitos frutos desenvolvidos sem cultivo em tais regiões possuem excelente sabor e delicadeza. Ele continua discorrendo a respeito das comparações que se pode fazer entre as qualidades daquilo que é produzido naturalmente em relação ao que é produzido artificialmente, pelo homem.

    Obviamente, a análise que o autor faz se mostra relevante em muitos aspectos, incluindo no fato de tê-la feito recém saído de uma época de profundo pensamento etnocêntrico, o que deve ser considerado louvável e de extrema importância. Entretanto, parece que o faz comparando o melhor de um mundo com o pior de outro. O desenvolvimento histórico humano mostra que cada nova descoberta traz consigo também uma nova gama de problemas. Isso fica claro quando se observa especialmente as conseqüências trazidas pela modernidade, como no impulso que a ciência tomou.

    O autor discorre a respeito também das guerras e da busca pelo supérfluo. Em um trecho, afirma:
    “Podemos, pois, achá-los bárbaros em relação às regras da razão, mas não a nós, que os sobrepassamos em toda a espécie de barbárie. Sua guerra é toda nobre e generosa e tem tanta desculpa e beleza quanta se pode admitir nessa calamidade humana; seu único fundamento é a emulação pela virtude. Não lutam para conquistar novas terras, pois ainda desfrutam dessa liberdade natural que, sem trabalhos nem penas, lhes dá tudo quanto necessitam e em tal abundância que não precisam de alargar seus limites. Encontram-se ainda nesse estado feliz de não desejar senão o que as suas necessidades naturais reclamam; o que for além disso é para eles supérfluo.” (pág 3)

    Não há o que discordar quanto à calamidade inerente às guerras. Também não se pode questionar levianamente a questão do necessário e do supérfluo. Contudo, isso não é suficiente para realizar uma inversão completa. Se tomarmos como princípio aquilo que Motaigne parece defender, que a inferioridade de um só pode ser declarada quando em comparação com os padrões do outro, o próprio autor recai nessa falha.

    É claro que não se pode considerar, como ele brinca no final de seu texto, que há algo de mau porque “esta gente não usa calções”. E obviamente o etnocentrismo traz diversos problemas que precisavam (e precisam) ser superados. Uma visão igualitária do ser humano bem como a valorização da diferença são necessidades reais para que seja possível uma maior harmonia dentro e entre as sociedades humanas. No entanto, também não se pode simplesmente inverter a análise e considerar que é inferior tudo aquilo que não é “natural” ou “selvagem” no bom sentido. Há de se, na verdade, procurar o melhor de cada mundo, integrando-os em uma nova maneira de perceber essas questões.

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  7. Bruno Florindo
    3° semetre de filosofia

    Em um país com o grande numero de raças e cores não cabe a nós estabelecermos a padrão do que realmente é ser brasileiro. Como definir as prioridades, entre índios e “não índios”? Como afirmar o que é sem realmente ter o conhecimento da realidade englobada nesta cultura tão ainda desconhecida, para tantos?

    Montaigne deixa clara a admiração com que ele descreve a tribo que acaba de encontrar, e acaba por comparar o que de sua cultura é parecido. Muito ressalta o belo. Em nossa sociedade muitos ressaltam o que de errado acham existir na cultura de cada etnia, mas esse vislumbre de Montaigne não chegou ainda a nossa sociedade hoje.
    Com tudo mesmo quando relata o canibalismo não se deixa levar pelo furor de tal ato.

    “[...] então ambos o abatem a golpes de espada, perante
    toda a assembléia. Feito isto, assam-no e comem-no entre todos e enviam alguns pedaços aos amigos ausentes.”
    “Penso que há mais barbárie em comer um homem
    vivo que morto[...]”

    Com tudo penso que temos muito ainda a aprender em relação as índios, mas somente buscando o conhecimento necessário iremos encontrar aquilo que realmente é necessário mudar e se realmente precisa mudar. Muitos trabalhos são desenvolvidos visando o resgate da cultura das etnias. Resta nos buscar conhecer melhor o a cada dia criticamos mais e mais.

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  8. Michel de Montaigne além de não tomar os “nativos” como bárbaros, ele coloca a cultura destes como de certo modo “superior”.Onde todo mundo só vê defeit5os ele consegue perceber as qualidades.Algo notável também é a coragem destes,coragem que significa honra algo raro naquele tempo(que hoje consegue ser pior).Algo mais interessante é a importância da mulher e o respeito que ela tem.Este texto deixa claro a auto crítica do autor na hora de fazer uma avaliação.Onde todo mundo vê defeito Michel percebe virtudes.
    Na verdade o que os tornam bárbaros é o fato de não compartilharem os mesmo valores que os brancos.

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  9. Título, por Márcio Ferreira da Costa (Filosofia/UCDB)

    Selvagens? Invasores ou Nativos?

    Michel de Montaigne,narra uma situação vivida pelos povos indigenas que se deparavam com a invasão de suas terras e tendo que sair da mesma sob pena para toda a tribo, de serem dizimados ou escravizados se lá retornassem, tendo como plano de fundo, a multiplicação daqueles que antes eram os detentores deste território.Pois bem, analisando dentro desta ótica,como podemos acusar os indios nesta concepção de Montaigne,que compara os selvagens com os europeus, haja vista que os cidadãos europeus denominavam-se pessoas "civilizadas" e que a partir do momento que elas são civilizadas e se deparam com outro modo de cultura, deveriam agir coerentemente com aquilo que lhes foi ensinado.
    Em suma,denominar os indios de seres "selvagens", nos modos das expedições que na verdade era uma verdadeira barbárie,denotam que a selvageria ou bestialidade vem do exterior que quer constantemente alterar ou interferir em nosso interior.

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  10. Campo Grande, 24 de abril de 2010
    Docente: Neimar Machado de Sousa
    Acadêmico: Neif Damião L. Nabhan
    Quem sãos os selvagens: os índios ou nós?

    Este texto é muito interessante, muito mais a hora que chega no ponto que se refere aos “selvagens”, o próprio autor diz:"Voltando ao meu assunto, creio que não há nada de bárbaro ou de selvagem nessa nação, a julgar pelo que me
    foi referido; sucede, porém, que classificamos de barbárie o que é alheio aos nossos costumes”.
    Nós também somos assim em nossos dias, achamos estranho aquilo que não condiz com a nossa cultura, querendo assim fazer com que as pessoas se tornem iguais a nós, deixando de lado tudo o que foi aprendido durante anos e passado de geração a geração.
    Nós na verdade temos preconceito, porque se não o tivesse não os criticaria pela forma de vida mas sim aprenderíamos com eles de que forma se deve viver. Pelo comentário vemos que eles vivem bem, não se vê pessoas doentes, comem apenas uma refeição e ainda só bebem um liquido parecido com vinho que é meio quente.
    O autor apresenta muito bem a forma de vida desta tribo e nos aponta os aspectos fundamentais destas pessoas, com tanta precisão que parece que os vemos em nossa frente. De todo o texto o que fica marcado é a palavra “Selvagem”, que depois de ter contato com esse texto vejo que acabo eu o sendo pela forma que os via e pensava a respeito deles.
    De fato esse texto contribuiu para que eu tivesse consciência das barbarias que muitas vezes ouvimos e até mesmo dizemos sobre estes povos, quantas vezes julgamos somente pela aparência, sem mesmo ter conhecimento. Fica ai uma questão para nós refletirmos: será que eles são os selvagens ou esse nome cabe para cada um de nós?
    Que outras tantas pessoas possam ter contato com esse texto para de fato compreenderem o que esse povo realmente necessita, que é a nossa compreensão dos fotos mencionados no próprio texto, e o direito de ir e vir como qualquer outro.

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  11. Rodrigo Vareiro

    Os Canibais

    Michel de Montaigne foi um escritor Frances que viveu no período das grandes navegações, com a chegada dos europeus ao continente que hoje é a América. A partir deste acontecimentos Montaigne faz uma reflexão sobre o Humano, sobre sua diversidades e características.
    Com o relato feito por um viajante que esteve na América, Montaigne faz um paralelo entre os conceitos utilizados pela maioria do europeus para julgar o “diferente” como sendo atrasado em relação aos seus costumes e os conceitos utilizados pelos índios em relação a cultura européia.
    Michel de Montaigne relata que não há nada de bárbaro no que foi referido pelo viajante, o que ele diz é que classificamos de barbárie o que é alheio aos nossos costumes. Mais quando Montaigne descreve que os nativos estão próximos de sua ingenuidade original ele esta colocando sua visão européia acima dos costumes dos índios, porque suas leis estão pouco adulteradas pelas leis européias.

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  12. Campo grande, 24 de abril de 20102
    Docente: Neimar Machado de Sousa
    Acadêmico: Wellington Cosme

    OS INDIOS DE MICHEL DE MONTAIGNE

    Como podemos observar o autor vem nos mostrar a importância dos indígenas para uma sociedade, e logo ele mesmo da sua opinião. Pelo que parece ele teve um contato mais próximos com esses índios.

    A princípio ele nota por parte de algumas autoridades o desprezo por este povo. Mas ele mesmo observa que estes índios apesar de todas as suas “manias” ou ate seu jeito estranho de se vestir, de se comportar, são pessoas normais.
    Ele observa que este povo tem habito próprio deles como qualquer outra sociedade no planeta. Assim como muito de nos os vemos como estranho, sujos, sem cultura. Paremos para pensar se eles também não pensam a mesma coisa de nós. é como o próprio autor diz se dizemos que eles são selvagens e porque a nossa cultura, e costumes querem que os vejamos assim.
    Ele também fala sobre suas casas e atividade do dia a dia, são pessoas normais que, querem nada mais que o respeito de todos e com razão. Suas atividades não são estranhas os jovens vão trabalhar na caça as mulheres ficam em casa.

    Vejo que esta sociedade atual tem que perder o seu preconceito e aceitar todas as pessoas como elas são, infelizmente vivemos em um mundo muito longe de isso acontecer, mas se cada um de nos fizermos nossa parte poderemos chegar um dia a união plena de todos os povos

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  13. Michel de Montaigne nunca saiu da França para ir à nova terra, mas escreveu ensaios sobre esta nova terra do seu ponto de vista narrado por um homem que lá viveu por 10 a 12 anos. Naquele tempo a antropologia acreditava que não era preciso ir ao campo para ter um conhecimento do mesmo, mas hoje não pode ser considerar assim, podemos afirma que era uma pré-antropologia.
    Ele sempre olha para os costumes do passado para comparar com a dos índios do presente, ou melhor, os selvagens. Analisa os costumes dos índios como do passado dizendo que suas moradas, suas casas são parecidas com as granjas da sua sociedade, que são desprovidos do conhecimento das letras, dos números, da política, de vestimentas, metais e etc..

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  14. O texto é uma critica para com as sociedades que se acha com o direito de invadir um território e chamar os nativos de bárbaros ou até mesmo de canibais, qual é a posição frente a esta situação que faz com que os invasores pensem que estão neste direito? Com o que julgam que são melhores e mais civilizados que os nativos a um direito a dignidade do homem o texto é bem claro que esta é uma posição errônea daqueles que se achavam detentores da verdade e dos moldes culturais e não percebendo que a culturas extremamente diferentes que a deles e nem por isso elas tem o direito de julgar as outras através de uma óptica de sua cultura simplesmente compreender que a outra é diferente. O texto os canibais é toda uma descrição de situações que nos levam a refletir sobre o outro logo de inicio vemos que a um confronto entre duas culturas e que uma delas julga a outra e as demais culturas como culturas babarias.

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  15. Lucas Gomes Rodrigues
    Filosofia UCDB.
    Maneiras Contemporâneas
    Montaigne através de seu ensaio vem nos mostrar a reação do ser humano diante dos novos assuntos como diz o texto: “que tem os olhos maiores do que o próprio ventre e mais curiosidade que capacidade de conhecer e entender como se dera a nova terra” e o modelo de vivencia dos indígenas.
    A partir do momento em que Montaigne se depara com os indígenas abre-se uma nova visão sobre a relação da civilização e a maneira primitiva de viver dos indígenas. Eles que eram conhecidos como selvagens, por viver de maneira simples, com seus costumes e suas tradições, que para o ser civilizado, é uma maneira grotesca, mas que na visão de Montaigne é o fruto da natureza é neles que se encontra a natureza viva.
    O indígena que não tinha oportunidades de apresentar a sua vida e se mostrar para o mundo, hoje já se tem uma abertura. Os índios da época de Montaigne, que não se incorporavam a sociedade por exclusão, por serem ingênuos. Hoje já são conhecidos como seres evoluídos capazes de conhecer a realidade e se inserir na sociedade como seres dotados de conhecimento, ainda vê-se exclusão mais, já são seres instruídos no espírito humano e na convivência civilizada, mais também se encontram em sua natureza original.
    Enfim os índios só buscam a viver a sua natureza, mais inseridos em uma sociedade e fazendo parte da mesma, mostrando a sua cultura e suas capacidades de se relacionar e criar, num mundo contemporâneo.

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  16. Eles nasceram selvagens ou nós aprendemos a ser?

    Por: Guilherme Maia Junior – Filosofia UCDB – 3º Semestre

    Michel de Montaigne vem nos chamar a atenção sobre o nosso julgo e nossa maneira de viver.
    Na semana em que comemoramos o Dia do Índio, dos nativos de nossa terra, é de suma importância nos perguntar: Eles nasceram selvagens ou nós aprendemos a ser?
    Montaigne já no segundo parágrafo do texto a discutir, “Dos Canibais”, nos relata: “Receio que tenhamos os olhos maiores que os ventres, e mais curiosidades que capacidade. Com isso pode-se perceber que a sociedade contemporânea em que vivemos não se contenta com o que tem e mesmo que muitas vezes sem capacidade acaba se tornando fértil para aquilo que pensa ser o seu bem.
    O auto em outra parte do texto nos afirma: “Mas, esses topógrafos, pelo fato de terem visto, por exemplo, a Palestina, julgam gozar de privilégios de nos dar notícias do resto do mundo”, dando assim uma ênfase no foi dito acima, muito nos gabamos por meras descobertas, enquanto os Índios, tratam isso como superficialidade.
    Diante de tudo, o autor nos classifica “de barbárie o que é alheio aos nossos costumes”, com isso se justifica se chamar os nativos de bárbares, mas se pensarmos ao contrário nós também o somos, pois nossa era toda modernizada e informatizada foge da rotina deles, está alheio aos seus costumes. Ignorantes são aqueles que se acham os “donos da verdade” e minimizam essas pessoas de ricos hábitos como incapazes.
    Montaigne expressa à naturalidade na forma de se viver, refletindo em saúde, beleza, organização... “Todos os nossos esforços juntos não podem produzir sequer o ninho do mais insignificante passarinho.” Enfatiza suas crenças, a ordem das coisa, sua maneira de guerrilhar e seus objetivos de guerra: “Fazem as guerras...levando como únicas armas arcos e espadas de madeira aguçadas na ponta, como as línguas dos nossos venábulos.” “Não lutam para conquistar novas terras, pois desfrutam da liberdade natural.”
    “Eis aqui, sem mentir, homens completamente selvagens em contrate conosco; porque ou eles são na realidade, ou nós o somos. Há uma enorme distância entre a sua maneira de ser e a nossa.” O que se vê nos dias de hoje a meu ver não é selvageria, mas sim a valorização de costumes primitivos. Vale ainda expressar que os índios mesmo mantendo sua tradição, seus hábitos estão evoluindo, se informatizando e demonstrando ser capazes de ser “gente” de sua maneira, com sua língua, com seu jeito de viver, às vezes mais saudável e comunitário do que nós.
    Cabe a nós não julgar e sim ajudar a criar laços fraternos com respeito àqueles que se diferenciam de nós, pois para eles também nós somos diferentes.

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  17. Comentário sobre o livro “DOS CANIBAIS”
    Michel de Montaigne

    Não podemos julgar uma algo como bárbaro, se não conhecemos o que vamos julgar, este julgamento que é bárbaro.
    Selvagem: quem habita na selva; quem não foi domesticado. Selvagem não é um destruidor.
    Estes que chamam de selvagem não destrói a terra, eles se alimentam do que a terra oferece, a saúde é muito boa e são muito fortes. Agradecem ao Deus desconhecido todos os dias, sem um ancião estado a frente. Por isso que não falta nada para eles. Se todos fizessem isso.
    Quando aparece um tipo de sacerdote ou profeta, fazem uma enorme festa. O estes homens falam é sobre guerra , o afeto das mulheres e algumas profecias. Mas se falhar eles matam o falso profeta ou sacerdote, para estes canibais eles são mentirosos. Se isso acontece-se no mundo de hoje coitado de muitas pessoas, os cemitérios estavam cheios.
    Quando guerreiam o seu troféu é a cabeça do perdedor que é colocado na porta de sua casa. Os prisioneiros são todos mortos e depois assados e repartidos entre todos, e isso não é bárbaro.
    Não brigam por terras, pois eles utilizam somente o necessário o resto é não tem utilidade. Nos nossos dias atuais, o que aparece é guerra por terra, quanto mais tem querem mais, estão guerreando para tirar índios de suas terras. Aumentando a ganancia.
    Os prisioneiros não tem medo da morte, eles insultam para serem mortos logo, para utilizarem a sua carne como alimento. Estão sendo alimentados pelos seus antepassados.
    Os homem gostam de mulheres fortes, e quanto mais mulheres este homem tiver, mas valor ele terá, elas obedecem as ordens do marido. Para nós brancos quanto mais mulher o homem tiver mas ele se acha o bonitas, o gostoso, e algumas mulheres não gostam de receber ordens.
    Como foi dito acima, não podemos chamar de bárbaro o que não conhecemos. Bárbaro é julgar cultura o outro e não ver como esta a nossa cultura. Talvez estamos fazendo algo mais horrível.

    André Luis
    Filosofia

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  19. Lucas Fernando Gonçalves 3º Semestre
    É natural, mas não cultural?

    Percebemos quão o homem europeu do século XVI, fizera uma concepção de sociedade a partir de referencias da qual bem é evidente o seu etnocentrismo exagerado. Montaigne bem escrevera seu texto filosófico, sendo um pensador do real, não se omitindo em seu papel de exortar as mediocridades visadas como virtude em seu tempo do Moderno pensar.
    Dussel, é um outro autor da qual poderemos citar nesta redação, pois este filósofo da língua latina americana, ou seja, intelectual da cultura ameríndia bem escrevera diversos livros da qual ambiciona o verdadeiro valor do povo do nosso continente, perscrutando em sua história oprimida, ressalta tal doutor da UNAM quão é valoroso a libertação para uma cultura da qual se vê sempre submetida ao modo eurocêntrico de viver e pensar. Numa conferência nos Estados Unidos, tratando sobre a Teologia da Libertação, dissera o argentino cristão o aspecto histórico da colonização que ocorrera em nosso continente, foram os astecas acusados de insensibilidade humana por fazerem sacrifícios de crianças em seus ritos religiosos, todavia e na verdade a barbárie humana fora realizada pelos europeus, eles massacraram quase todo o grupo étnico, isto porque eles se diziam católicos.
    Bem, não venho neste texto elucidar belas palavras de um vocabulário da qual não deveria ser o meu, a nossa língua é uma estrutura lingüística que acabara reduzindo os demais idiomas dos indígenas, sendo assim, ocorrera um assassino cultural, mitos são mortos com os anciãos, jovens ignoram a sua raiz cultural... Montaigne bem dissera: “em tudo o que aí fica dito não há nada de mau; o que há é que esta gente não usa calções”. Porém, somos herdeiros do sangue da qual não derramamos lágrimas, mas sim sorrimos com simpatia diante dos europeus em esbarramos pelas ruas de nosso país, aplaudimos e tentamos imitar a cultura de outrem, mas pouco adentramos em nossa central história ameríndia para reconhecermos os verdadeiros heróis de nosso continente. O natural ameríndio é ser culturalmente europeu, atualmente norte americanizado.

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  20. Acadêmico: Rafael Feistler Tolotti 3º Semestre

    Michel de Montaigne em seu livro (os ensaios) escreve sobre um outra realidade, um outro mundo (América), no qual o foca de sua ciência concentra-se todo nos indígenas que ali vivem. Apesar de seu intenso trabalho sobre esses povos, nunca saiu da América, nunca os viu e manteve contato concretamente com eles. A pesar disso pode ser considerado um pré- antropólogo.
    Os frutos do seus estudos se dá por meio de um intermediário que esteve ao seu lado e que vivera dez ou doze anos na América, neste outro mundo com pessoas diferentes de sua realidade. Por conseguinte, a julgar pelo que me foi referido, Michel começa a escrever sobre os indígenas, mas não desconsidera a sua origem européia e, por isso carrega sobre si, assume sobre si este pensamento Europeu de que aquela nação são puramente barbara e selvagens, pois são diferentes, são alheios aos nossos costumes. Aqui Montaigne assume um conceito geral e universal do pensamento Europeu, sendo que ele subjetivamente crê que não há nada de bárbaro de selvagens nesta nação, pois estes povos ainda encontram-se nesse estado feliz de não desejar senão o que as suas necessidades naturais reclamam; o que for, além disso, é para eles supérfluo.
    Montaigne vem mostrar a contradição que há no povo Europeu de se considerar um exemplo de perfeição, acusando assim aquelas nações de bárbaros simplesmente porque mal acusam ainda o rastro do espírito humano (ganância) e estão muito próximos da sua ingenuidade original, ou seja, para não ser bárbaro e selvagem tem que usar de sua maledicência na relação com as pessoas e, ainda é isso que é ser perfeito?
    Michel nesse sentido diz: tanto condenamos suas faltas e tão cegos sejamos para as nossas. Mas não há opinião tão relaxada que desculpe a traição, a deslealdade, à tirania, a crueldade, que são os nossos pecados de todos os dias. Podemos, pois, achá-los bárbaros em relação às regras da razão, mas não a nós, que os sobre passamos em toda a espécie de barbárie.

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  21. Acadêmico: Jeremias da Silva Lima 3º Semestre

    Aqueles povos são selvagens na medida em que chamamos selvagens aos frutos que a natureza germina e espontaneamente produz; na verdade, melhor deveríamos chamar aos que alteramos por nosso artifício e desviamos a ordem comum.
    Montaigne mostra uma maneira de ver que os civilizados (europeus), consideram os índios selvagens, julgam a forma de vida deles como agem na natureza sendo que é dali que eles tiram tudo. Os índios são analisados como não-civilizados, sem cultura, pobres em questão de conhecimento mais na verdade a cultura dos índios em muitos âmbitos é mais rica do que a dos civilizados um exemplo é a dança e os rituais, na natureza não existe quem a conheça mais que os índios, pois é dela que tiravam sua sobrevivência e cuidava da saúde como remédios feitos de protudos naturais.

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  22. Prezados acadêmicos, espero que este exercício de construção coletiva do saber tenha sido uma experiência para que vocês utilizem esta mídia gratuita. Um texto científico precisa ser um diálogo com uma referência, no caso Os Ensaios de Montaigne, que serve de luz para analisar um fenômeno presente como é o caso da intolerância que pesa sobre os índios. Evidentemente, Michel de Montaigne inicia o relativismo cultural, método próprio da antropologia que, ao tempo de Montaigne, ainda não estava separado da filosofia. Dou por encerrada esta atividade.

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  23. Lucas Gomes Rodrigues
    Filosofia UCDB
    Parabéns Prof. Neimar pelo exercício, foi uma boa interação e conhecimento no meio da informática, e na discussão do texto de Montaigne.

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  24. Marcos R. R .Pereira RA:122313
    Profº;Neimar machado
    FILOSOFIA MODERNA
    Os canibais
    No texto os canibais o autor Michel de Montaigne, fala de um povo estranho onde ele faz um comparação , que quando o rei Pirro chega a Itália , e vê povo bárbaro chamam de nação estranho, por causa do costumes que eles tinham.
    No decorrer do texto o autor fica comenta sobre aquele povo tão diferente , que vive no lugar que poucas pessoas a conhecia. Em trecho do texto fala será que este lugar é uma ilha que acabamos de descobrir? Mas é apenas terra firme com povo estranho e que são nativos e tem a sua própria cultura, e não conhece outra nação, pessoas simples e muito tímidas, que não conhece outro mundo além daquele que ele vivem.
    Em em varias parte no texto Michel fica mais admirado sobre o jeito o modo e costumes daquele a povo tão diferente da realidade que ele vive, os índios é um nação que vive da pesca e da caça em quanto os Europeus comem muito assado e estão sempre doentes e enquanto esta gente é saudável e nunca estão doente.
    Michel de Montagine ficou surpreendido com aquele povo, mas sabemos que cada nação tem sua cultura e modo de viver , pois vem da geração os costumes, que ao decorrer do tempo pode ou não acabar vai depender de cada.
    No ultimo parágrafo o autor ficou indignado com o modo que os índios ficavam, nu, mas para eles era comum ficar nú mas o respeito eles tinham para com os outros, é por exemplo: uma pessoa que é acostumado com uma cultura quando ela sai daquela cultura e vai paraoutra região é normal que vai estranhar o modo daquela região.

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  25. ola professor o cometerio dos canibais, envie no dia 26 segunda, pois envei em outro do blogspot. obrigado

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