terça-feira, 11 de maio de 2010

As Contradições da Modernidade

A modernidade, como bem sabemos, consiste na crença no traçado racional do mundo e na capacidade da razão para desvendá-lo. Agindo desse modo, segundo crença iluminista, a humanidade, livre dos obscurantismos, viveria uma era de progresso. Ao contrário, vimos a razão instrumentalizada e os sonhos dos iluministas destroçados pela burguesia vitoriosa pós-revolução francesa de acordo com a opinião de Luiz Roberto Salinas Fortes. Haverá uma esperança de racionalidade para o pensamento ocidental?

12 comentários:

  1. O texto acima me fez lembrar do documentário "Ilhas das Flores".Um ácido e divertido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho, resultado de uma politica, movida pela crença da racionalidade capitalista.
    Este curta adquiriu varios premios entre eles:
    Urso de Prata no Festival de Berlim 1990
    Prêmio Crítica e Público no Festival de Clermont-Ferrand 1991
    Melhor Curta no Festival de Gramado 1989
    Melhor Edição no Festival de Gramado 1989
    Melhor Roteiro no Festival de Gramado 1989
    Prêmio da Crítica no Festival de Gramado 1989
    Prêmio do Público na Competição "No Budget" no Festival de Hamburgo 1991
    Para assisti-lo acesse o link abaixo:
    http://www.youtube.com/watch?v=KAzhAXjUG28

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  2. 2-Opinião
    Esta incoerência se faz visível hoje em dia, por exemplo, na maneira como permitimos que a sociedade de consumo defina nosso estilo de vida, impondo-nos valores alheios aos valores Cristãos. A sociedade do consumo transformou o aforismo do Filósofo Frances Rene Descartes-cogino,ergo sum ("Penso, logo existo")em Consumo, Logo Existo. Como resultado, a maioria das pessoas na sociedade moderna, especialmente no mundo dominado pelo Capitalismo, não consome para viver,mas vive para consumir.Pressupõe que, se uma pessoa quer chegar a ser alguém entre os seus contemporâneos, deve ter capacidade para adquirir os simbolos de status que a sociedade do consumo oferece. E para alcançar este objetivo, muitas pessoas estão dispostas a pagar um alto preço: a saúde,as boas relações conjugais e familiares e principalmente a satisfação de simplesmente SER.

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  3. Bom dia prof. Neimar estou postando parte de meu trabalho. Pega leve, rsrs...

    Ingrit Jampietri

    Moderna incerteza

    No renascimento flori,
    mais de três séculos percorri,
    luzes apagarem senti;
    Do axioma saí?

    Estou à esperar
    tudo parece piração
    faça-me acreditar
    que isto é razão;

    Este tempo turbulento
    de águas borbulhantes
    de perguntas incessantes
    de certezas inconstantes;

    Conceito diverso
    sobre todo universo
    certezas perdi
    no momento que nasci;

    A odisséia não foi lá,
    já a vivo aqui,
    na arte, política ou religião;
    Afinal foi tudo em vão?

    Assassinos gerei,
    poetas também,
    matemática aprendi,
    a natureza eu vi;

    Na revolução industrial
    o homem novo espiritual,
    moral e intelectual,
    a crise feudal;

    Rosas pretendi cheirar
    corpos pisei,
    a igualdade eu quis
    indiferença encontrei;

    Da arte viria,
    a escola de Atenas,
    a renovação religiosa,
    a beleza esquecida;

    Ao investigar a natureza
    enfraquecimento da igreja
    reforma viria
    pois imprensa havia;

    Como servo me fiz
    para do belo viver,
    Divórcio religioso, filosófico;
    Será que foi lógico?

    A razão me alcançou,
    mas o amor persistiu,
    a religião não cessou,
    apenas abençoou;

    Em novas direções eu olhei,
    se errei, eu não sei,
    métodos busquei,
    dois eixos porém;

    Do mais simples parti
    em busca da lei
    ir além eu quis
    Indutivo serei, dedutivo... talvez

    A verdade primeira achei,
    mesmo assim duvidei,
    frente a frente fiquei,
    quem sabe errei;

    de empirismo me enchi,
    ousei deduzi;
    Seria a resposta certa?
    Será que alguém me contesta?

    Tentei observar,
    hipóteses criar,
    experiências busquei,
    Leis eu achei;

    Em busca da dignidade
    doutrinas aquém,
    Me senti cambiante
    de interpretações inconstantes;

    Minha alma problemática
    as vezes cética
    uma meretriz
    sonhando em morrer feliz;

    Elogiei a loucura,
    fui livre em arbítrio,
    orações pagãs eu fiz,
    retornar as origens eu quis;

    Minha alma tornou-se mortal,
    sem a providencia divina,
    o intelecto agente agia,
    só eu não sabia;

    Um belo dia olhei
    ignorância feliz,
    talvez eu esteja saudosa,
    ou apenas invejosa;

    O tempo passou,
    nada mudou,
    sou apenas lembranças,
    de minhas inconstâncias;

    a igualdade busquei,
    fraternidade também,
    o desprezo temi,
    de loucuras além;

    no final me sinto suja,
    uma grande vagabunda,
    que não sabe o que fez,
    apenas insensatez;

    Sinto-me enojada,
    neste mundo de jaula,
    que não sabe aprender,
    apenas correr;

    dia pós dia,
    dia após dia,
    dia após dia,
    dia que não chegou;

    Essa pequeneza,
    de inútil fraqueza,
    trouxe-me a nobreza,
    E a única certeza,

    não sou nem nunca serei!

    Neste lamaçal eu cresci,
    em areias movediças escorri,
    afundar-me senti,
    será que vivi?

    Posso criar certezas,
    mas nunca pertença,
    de ter vivido eu mesma,
    neste mundo pobreza;

    Quis ser tão racional,
    e até mesmo moral,
    encontrei o repulso,
    de corpos sem pulso;

    Me tornei algo?
    Uma resposta haverá?
    Certezas encontrarei?
    Isto não sei!!!

    Porém...

    Vejo luzes acessas,
    esperança também,
    mulheres libertas,
    grandes descobertas;

    Talvez se tivesse sido indiferente
    desta arte inerente,
    não poderia aprender,
    até mesmo morrer;

    Se hoje me sinto livre,
    é porque um dia eu tive,
    a nobre razão,
    de ter pintado meu chão;

    Caminhos melhores pintei,
    flores também,
    se todos não viram,
    é porque não sabiam,

    que virtude é tentar,
    as vezes desanimar,
    ver um mundo perpetuar,
    e em frente caminhar;

    Se horrores vivi,
    assim eu cresci,
    na procura da razão,
    que me desse uma mão,

    para tirar as amarras,
    da ignorância de outrora,
    quem sabe seja a aurora,
    de minha própria reforma.

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  4. Olá Professor Neimar - O trabalho será postado fragmentado devido ao limite técnico do Blog

    Do Desencantamento do Mundo ao Mito Prometéico

    Allyson Rego R. da Silva


    Resumo

    A proposta em epígrafe é demonstrar as contradições da modernidade. Esta, fazendo uso da razão e adotando novas premissas, não abandonou as pretensões totalizantes. E de forma cíclica seu geist se faz presente nos projetos biotecnológicos. Contudo, antes de abordarmos a situação do projeto moderno na pós-modernidade, faremos uma digressão a fim de percebermos os erros e as virtudes que marcaram o empreendimento moderno.



    Palavras-chave: Modernidade, razão, natureza humana, Übermensch, ética




    Introdução



    O Desencantamento do Mundo

    A cosmovisão medieval destinava-se a contemplar e explicar as belezas e os mistérios da Natureza por meio da Revelação. As catedrais, como modelos de meta-arquitetura, denotam toda uma forma de ser, ter e perceber a realidade desta época. Elas se apresentam como que expressando a ordenação daquilo que as pessoas acreditavam. Como centros organizadores da vida, sua influencia se estendeu para além das barreiras geográficas e culturais. Assim, no medievo, as pessoas se curvavam ante o poder das autoridades eclesiásticas. Estes se arrogavam representantes de Deus na Terra. Entretanto, com o advento dos Estados Nacionalistas o centro de poder desloca-se e seus representantes, acompanhando os avanços no campo das idéias, serão os porta vozes da salvação. Estes iluminados se propõem a clarear o caminho daqueles que se acham em trevas.

    O Estado configura-se como centro catalisador e ordenador da realidade, homogeneizando aqueles que estão fora da nova ordem. Para evitar o estado de natureza hobbesiano de “todos contra todos”, era mister regular/controlar as paixões humanas por intermédio de um pacto social. Com o intuito de suprimir os desejos egoístas, procurando ordenar e estabilizar a sociedade. A transição do campo para a cidade implica na aceitação das normas vigentes do Estado, seu ordenamento. Os efeitos do pensamento racional, incidindo no ordenamento do Estado, modificaram o conceito do jusnaturalismo transcendente.
    Assim, as idéias do direito natural passam a estar sob o foco da razão. Esta exclui o elemento religioso “ao afirmar que a justiça existiria mesmo se Deus não existisse” e “separando o direito da vontade de Deus... introduziu uma idéia de sistema que viria a permitir que o fenômeno jurídico fosse entendido desde noções lógicas e abstratas idealizadas na concepção de sistema” (ULBRA, 2008, p. 37,38). Posterior ao jusnaturalismo racionalista, o juspositivismo surge influenciado pelas pressuposições dos filósofos racionalistas/positivistas.

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  5. Aos indivíduos é concedida uma nova identidade e valores, legalmente estabelecidos. Nesta ordem social, fundada pelos avanços que a razão proporcionava, uma nova relação com a natureza se estabelece, a de estar sendo subjugada, dominada. Como “Deus não joga dados” a humanidade será capaz de desvelar os segredos do universo e até mesmo sintetizar suas leis numa “teoria de tudo”.

    As indústrias, simbolizando os avanços técnicos e científicos, mostram a eficácia do projeto modernista e sua visão, linear, progressista da civilização. A modernidade, imbuída do seu caráter científico, determina o método, organiza racionalmente, universaliza e uniformiza. Seus resultados no cotidiano são a “taylorização e fordização” (BAUMAN, 1999, p. 222) estas, respectivamente, com as ordens partindo do alto escalão hierárquico, reduzem ao essencial às tomadas de decisões. Aos funcionários resta obedecer sem questionamento. Noutra, “consiste em remover as habilidades do operador e investi-las na maquinaria que ele opera”. Essa superestrutura reflete a crescente dependência e impotência do individuo no sistema (BAUMAM, 1999, p. 222,223).


    O projeto moderno continua, definindo, medindo, ordenando, segregando e extirpando. Poligenia, craniometria, antropologia criminal de Lombroso e testes de QI (GOULD, 1999). Modelos que se apresentam como científicos, mas são formas de higienizar a sociedade e assegurar o status quo do paradigma darwiniano estabelecido pelo establishment científico. Sendo assim, o Estado moderno atuou de forma semelhante ao Panóptico de Bentham/Foucault, onde subjugar “o domínio do tempo era o segredo do poder dos administradores - e imobilizar os subordinados no espaço, negando-lhes o direito ao movimento e rotinizando o ritmo... estratégia em seu exercício do poder” (BAUMAN, 2001, p. 17). Como também é igual ao Grande Irmão do romance de George Orwell “rápido e expedito em premiar os fiéis e punir os infiéis” (BAUMAN, 2001, p. 34). Este também se manifesta como Konzlager (e posteriormente nos Gulag) “onde os limites na maleabilidade humana eram testados em laboratório...” e por fim “às câmaras de gás ou aos crematórios” (BAUMAN, 2001, p. 34).

    Contudo, apesar da prosperidade e do progresso, a vida desandou. A alteração na rotina e o enfraquecimento da influência da tradição nas pessoas, acarretaram a fragmentação dos laços comunitários/familiares e a frouxidão ética. Homens e mulheres perambulam a espera de novas oportunidades. E “os novos princípios que regem a vida na fábrica serão aplicados em todos os setores da sociedade” ... “expulsando tudo aquilo que não é racional, a dimensão emotiva, estética e ética”(UMESP apud DE MASI p. 54, 63). Na cidade os relacionamentos são fugidios, instáveis, há uma indiferença civil e a luta pela sobrevivência é o mote que dirige a vida.


    Outrora, os camponeses estavam unidos pelos laços de amizade, duradouros e profundos, cooperando no campo a fim de obter a garantida subsistência. Também, na antiga ordem a solidariedade estava assegurada devido ao conceito que a Igreja disseminou, a solidariedade da raça (CAIRNS, 1995, p. 198)

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  6. Todavia, as percepções darwinianas de Herbert Spencer consolidaram a tese da sobrevivência dos mais aptos na sociedade. Logo, era natural que aqueles que não tinham capacidade de avançar, os inaptos, deviam se contentar com sua posição no ordenamento social. Noutros tempos a humanidade partilhava os atributos da divindade, “a imagem e semelhança”, que afirma a “capacidade intelectual, pureza moral, natureza espiritual, domínio sobre a terra, criatividade, capacidade de tomar decisões éticas e imortalidade” (GRUDEM, 1999, p. 365). No entanto, apesar das promessas de Liberdade, Igualdade e Fraternidade e mesmo amparado pelas leis, o indivíduo de jure não se consolida de facto. A Declaração de Independência dos EUA assevera que “todos os homens foram criados iguais, que são dotados por seu Criador de certos direitos inalienáveis”, mas negros e mulheres tinham seus direitos tolhidos. Como atesta Baumam (2001, p. 44) “a liberdade chega quando não faz mais diferença”.

    O espírito moderno, instigado pelo capitalismo, fomenta o ter sobrepondo-se ao ser, consolidando assim o ethos moderno. Nisto, as identidades são reconstruídas a cada instante. Ao contrário dos estamentos (hereditários), pertencer à classe requer esforço contínuo e por conseqüência, uma vida indeterminada a ser preenchida pelas ‘identidades’ disponíveis em shoppings e mercados.

    Uma das grandes rupturas do período moderno, antropocêntrico, em relação ao período medieval, teocêntrico, está relacionado com a questão da origem da vida. Conforme a teoria de Charles Darwin o ser humano é resultado de um processo cuja origem remonta às reações químicas, da matéria inorgânica à orgânica. (SILVA, 2006, p. 9). Logo a modernidade “pulverizou qualquer chão sobre o qual se fundar conceitualmente os mandamentos morais – minou a moralidade como tal: as responsabilidades morais não vão além das obrigações contratuais” (BAUMAN, 1997, p. 249). Aproveitando-se deste conceito, alguns cientistas atribuíram aos genes ações determinísticas/autônomas que guiam a natureza humana. A conseqüência desta doutrina foi a “solução final” (holocausto). Porque na modernidade “o cálculo precede a moralidade” (BAUMAN, 1997, p. 68).

    Para Adorno e Horkheimer esta pretensão da razão Iluminista é

    uma forma de totalitarismo ...porque a razão ocidental é, naturalmente, totalitária, haja vista sua capacidade de exploração da natureza e dos homens. A acusação, portanto, denuncia um caráter opressor do Iluminismo em detrimento de sua busca primeira que seria a emancipação da humanidade” (FERNANDES, 2007, p. 42)

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  7. O Mito Prometéico na Pós-Modernidade

    Porém, nesta fase da modernidade, que alguns a chamam de pós, o discurso científico renasce em torno da metanarrativa transhumanista. O desejo transhumanista é ‘transcender’ as limitações da natureza humana. E para que isto ocorra é necessário “eliminar as obrigações irrelevantes que impediam a via do cálculo racional dos efeitos”, a ética (BAUMAN, 2001, p. 10).
    E assim continuar com a “insaciável sede de destruição criativa (ou de criatividade destrutiva,...de limpar o lugar em nome de um novo e aperfeiçoado projeto” (BAUMAN, 2001, p. 36). “Rejeitando o postulado de que a condição humana seja uma constante” (SILVA, 2006, p. 54), estes querem assegurar para si a criação de um nova humanidade. E para concretizar este intento, precisam “retirar a ética das mãos dos filósofos para entregá-la aos biólogos” (RUSE apud WILSON, 1983, p. 224).

    Pesquisas em células tronco, liberação do aborto e terapias gênicas são alguns temas que se mostrarão promissores caso as restrições, evocadas pela ética, caírem. A coisificação do corpo, transformado em mercadoria, estimulando uma vida do tipo leissez faire, é o risco que pode acorrer caso a ética seja banalizada. Como deus morreu e o ser humano esta confinado neste planeta cabendo somente a ele operar sua salvação/libertação, os bioprofetas modernos alardeiam as vantagens do progresso. As falácias da metanarrativa transhumanista, próxima de concretizar a ressurreição dos corpos criogenicamente cuidados, aponta-nos a necessidade de se fazer uma análise acurada em seus discursos sedutores. Pois “apenas com a distinção entre razão instrumental e razão crítica...é possível estabelecer limites para a ação intimidante da razão enquanto instrumento de manipulação ideológica das forças dominantes” (FERNANDES, 2007, p. 42).

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  8. Considerações Finais


    O instrumento ordenador da realidade, a razão e o método, retomam a capacidade de atrair consumidores, os quais guiados pela lógica calculista procuram respostas pragmáticas que atendam seus anseios. Portanto, cabe examinar, através da razão crítica, “a interpretação dos limites e dos riscos do pensamento instrumental”. Segundo os pensadores frankfurtianos “qualquer possibilidade de mudança nos cenários políticos, sociais e culturais depende da emancipação humana em relação ao aspecto crítico da razão humana, contrariamente ao que se objetivou com o Iluminismo, isto é, a totalidade da razão com forma de dominação da natureza, da sociedade e da cultura”(FERNANDES, 2007, p. 42,43).
    Cabe aqui o exemplo do juspositivismo que engessou o Direito com sua “norma posta”. Contudo, foi possível “vislumbrar a superação dialética do antagonismo entre o jusnaturalismo e juspositivismo” com o advento das teorias pós-positivistas (ULBRA, 2008 p. 42,43).

    O renascimento do Übermensch simboliza, de certa forma, a vontade do ser humano tomar as rédeas do seu destino. Apesar do crescente secularismo a razão não destronou Deus da mente humana, mas apenas deslocou sua análise, antes transcendente, para uma olhar imanente. Cabe saber, se na busca imanente, qual o mito se tornará(ou) realidade factível na vida humana. Cumprindo todas as promessas e extirpando todas as ambivalências, formatando assim uma nova natureza humana. O mito prometéico ou a narrativa cristã.

    Allyson Rego R. da Silva é teólogo formado pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo; Sociólogo - Universidade Luterana do Brasil; Pós – Graduando em Ensino da Filosofia e Religião – UniFil.
    Email: allysonrego@gmail.com
    Bibliografia



    BAUMAN, Zygmunt. Ética pós-moderna. São Paulo: Paulus, 1997.

    ______. Modernidade e Ambivalência. São Paulo: Jorge Zahar, 1999.

    ______. Modernidade Líquida. São Paulo: Jorge Zahar, 2001.

    CAIRNS, Earle E. O Cristianismo através dos séculos: uma história da igreja cristã.
    2ª ed. São Paulo: Vida Nova, 1995.

    FERNANDES, Elimara, M. Ouse Saber. Filosofia, Ciência & Vida. São Paulo: n.10
    p. 36-43, ano 2007.

    GOULD, Jay Stephen. A Falsa Medida do Homem. 2ªed. São Paulo: Martins Fontes,
    1999.

    GRUDEM, Wayne A. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999.

    RUSE, M. Sociobiologia: senso ou contra-senso ?. Belo Horizonte: Itatiaia, 1983.

    SILVA, Allyson Rego Ribeiro da. O Reducionismo Biológico da Natureza Humana: Sua Extensão e Implicações. 2006. (Trabalho de Conclusão de Curso) - Faculdade Teológica Batista de São Paulo. São Paulo, 2006.

    UMESP (Org.). Brasil – economia, sociedade e cultura. São Bernardo do Campo, 2007. (Cadernos didáticos de ciências sociais)

    ULBRA (Org.). Fundamentos do Direito Constitucional. Curitiba: IBPEX., 2008.

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  9. Ola Prof. Neimar
    Segue abaixo a minha contribuição ao texto
    Abrs
    Rosangela Padilha

    De acordo com a Profª Antônia Ieda Delfino, “que esperança podemos depositar no projeto da Razão emancipada, quando sabemos que orientou-se para a instrumentalidade e a simples produtividade? Que projeto de felicidade pessoal pode proporcionar-nos um mundo crescentemente racionalizado, calculador e burocratizado, que coloca no centro de tudo o econômico, entendido apenas como financeito submetido ao jogo cego do mercado? Como pode o homem ser feliz no interior da lógica do sistema, onde só tem valor o que funciona segundo previsões, onde seus desejos, suas paixões, necessidades e aspirações passam a ser racionalmente administrados e manipulados pela lógica da eficácia econômica que o reduz ao papel de simples consumidor?”
    Existe um risco em valorizar a experiência e cairmos no consumismo desenfreado de sensações e aceitarmos uma religiosidade onde cada um se serve como prefere ( a la carte) o que pode ocorrer em heresias, idolatrias e até num panteísmo gnosticista. Cada um tendo uma experiência autônoma para contar, motivados pela razão e fé e dando autenticidade à mesma, gerando uma “desordem” religiosa, política e social.
    Acredito que no Ocidente, isso já tem levado indivíduos a não saberem se a valorização da razão é uma opção única como modo de vida individual ou se poderia se transformar num “assassinato” da razão coletiva.(Rosângela Padilha de Ávila Nogueira-Pós-Graduanda em Ensino da Filosofia e da Religião).

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  10. Ter algo se tornou caso de vida ou morte para essa sociedade consumista, as pessoas estão usando como terapia fazer compras, nas igrejas benção e fé estão sendo vendidas como produto. Testemunhos estimulam para se desejar a benção do outro, hoje nas igrejas não generalizando é difícil ouvir um testemunho “depois que tive um encontro com Jesus Cristo me tornei uma pessoa mais solidária, mais calma, justa, honesta, o que costumamos ouvir hoje nas igrejas são testemunhos, “depois que comecei a freqüentar essa igreja eu comprei um apartamento, um carro zero, um avião, abri uma empresa etc”. – As pessoas não estão mais se preocupando com o ser, elas estão interessadas no ter e acham que serão valorizadas se tiverem cada vez mais e mais bens materiais, isso é de grande tristeza, mas é o que estamos ouvindo e vivendo dentro das igrejas.
    Amados, temos compromisso com a vida e não com as coisas. As pessoas estão presas em suas preocupações em seus trabalhos, em querer ter cada dia mais e não percebem o quanto isso tem sido prejudicial para a humanidade. Não estou dizendo que vamos deixar de desejar, ninguém é capaz de deixar de desejar, o que devemos fazer é controlar o desejo e o que é do outro e de querer ser igual o outro. O que precisamos é desejar o caminho de Jesus Cristo, imitando - o, se o nosso desejo é ser igual a Cristo nas suas atitudes, estamos com toda certeza escolhendo o melhor caminho, no qual os nossos desejos são supridos.

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  11. È sempre muito bom retornar aos textos, aos clássicos e as aulas ministras pelo nosso ilustre Prof.Dr.Neimar,pois uma aula bem ministra e preparada perdura por muito mais tempo.Parabéns,Neimaar!

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